O exercício físico e a vitalidade: análise multigrupos em função do sexo e experiência da prática
Agências Suporte
- UID04045/2020
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Resumo
A perceção de vitalidade subjetiva é um indicador de bem-estar que se pode traduzir na melhoria da qualidade de vida. Um instrumento válido e fiável irá permitir aos investigadores uma medição precisa da vitalidade no contexto de exercício físico. Desta forma, o objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a validade e a fiabilidade da Subjetive Vitality Scale (SVS) numa amostra portuguesa de praticantes de exercício físico em função do sexo e da experiência da prática. Foram recolhidos dados de uma amostra com um total de 330 adultos (mulheres = 145; homens = 185). Os participantes tinham idades compreendidas entre 18–64 anos (M = 28.52; DP = 9.86), com experiência média de exercício de 8.14 meses (DP = 6.14), e com uma frequência semanal entre 1–7 vezes (M = 4.42; DP = 1.35). Realizou-se uma análise fatorial confirmatória do modelo de medida de seis itens da escala e uma análise de invariância em função do sexo e experiência da prática. Foram, também, analisados os resultados de correlações bivariadas com o objetivo de avaliar a validade concorrente do instrumento com o divertimento e com a intenção de continuar na prática. O modelo de medida da SVS demonstrou um ajustamento aceitável em cada uma das amostras e os coeficientes de fiabilidade compósita foram adequados. As correlações indicaram que maiores níveis de vitalidade estavam associados a maiores níveis de divertimento e intenção de continuar a praticar exercício físico no futuro. O modelo de medida revelou ser invariante entre amostras, acrescentando, por isso, um maior suporte à sua validade para avaliar a perceção subjetiva de vitalidade em contexto do exercício físico. A SVS parece, assim, ser um instrumento fiável para a avaliação da vitalidade, em ambos os sexos, bem como em pessoas com diferentes experiências de prática.
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