RECONFIGURAÇÃO DO ACERVO DA SEÇÃO DE MEMÓRIA E ARQUIVO DO MUSEU NACIONAL APÓS O INCÊNDIO
Resumo
Este artigo analisa a reconfiguração de acervos arquivísticos sinistrados por meio de representantes digitais do acervo original perdido, considerando o caso da Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional (SEMEAR), que sofreu incêndio em setembro de 2018.Com essa tragédia, a SEMEAR perdeu-se praticamente todo o acervo. No intuito de reconstruí-lo, emergiu a ideia de reconfigurá-lo a partir de seus representantes digitais. Diante disso, surgiu o problema desta pesquisa: É possível reconfigurar acervos sinistrados a partir de representantes digitais, sob o ponto de vista da teoria arquivística clássica? Quais são as implicações teóricas e práticas? Do ponto de vista metodológico, buscou-se na literatura nacional e internacional os princípios basilares da Arquivologia. Nesse sentido, contextualiza-se os princípios da Ordem Original e da Proveniência, identificando suas características e prerrogativas. Esta pesquisa adota uma posição conceitual sobre o uso dos representantes digitais caracterizando-os como documentos de arquivo, o que possibilitará, dessa forma, a reconfiguração do acervo.
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