Características psicométricas da versão brasileira do Sport Emotion Questionnaire (SEQ-BR)

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/cpd.493191
Palavras-chave: Emoções, Esportes, Instrumento, Psicometria, Psicologia do esporte

Agências Suporte

  • Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Resumo

Neste trabalho apresentamos uma versão traduzida e adaptada do Sport Emotion Questionnaire (SEQ) para o Português brasileiro, e exploramos suas características psicométricas. No Estudo 1 foi produzida a versão brasileira do SEQ (SEQ-BR) de acordo com as diretrizes para o processo de adaptação transcultural, e avaliadas a validade de conteúdo e a concordância entre os juízes. O julgamento quanto a concordância entre os juízes foi quase excelente (0.77 £ Kappa £ 0.89) e o instrumento foi considerado válido do ponto de vista do seu conteúdo quanto a clareza (CVCt = 0.91) e pertinência (CVCt = 0.93). No Estudo 2, 895 atletas brasileiros de diferentes modalidades esportivas responderam o SEQ-BR durante competições nacionais e internacionais. As análises fatoriais foram realizadas para explorar e confirmar a estrutura fatorial do SEQ-BR. A estrutura com cinco fatores apresentou um ajuste satisfatório [χ2 (199) = 395.59; χ2/gl = 1.99; CFI = 0.98; TLI = 0.98; GFI = 0.98; RMSEA = 0.033], além de invariância fatorial entre grupos e consistência interna adequada em todos os fatores (0.78 £ ω £ 0.85). Diante do exposto, o SEQ-BR apresenta adequação quanto à validação do conteúdo e características psicométricas satisfatórias, fornecendo um instrumento estável, consistente e confiável para mensurar emoções pré-competitivas em atletas brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Claudia Dias Leite, Universidade Católica de Brasília, Brasil

Doutoranda em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília (bolsista CAPES/2019), é graduada em Fisioterapia (2006) e Educação Física (2011). Atualmente é professora do curso de Educação Física e Fisioterapia do Centro Universitário UniProjeção e integrante do Grupo de Estudo Neurociência do Movimento (Neuromov). Tem experiência na área de Fisioterapia com ênfase em Ortopedia, Traumatologia e Desportiva, na área de Educação Física com ênfase em Treinamento Desportivo, Análise do Movimento Humano e Psicologia do esporte e na área de Bioestatística com delineamento da pesquisa, tabulação, análise dos dados e psicometria

Referências

Ato, M., López-García, J. J., & Benavente, A. (2013). Un sistema de clasificación de los diseños de investigación en psicología. Anales de Psicología / Annals of Psychology, 29(3), 1038–1059. https://doi.org/10.6018/analesps.29.3.178511

Bartholomeu, D., & Machado, A. A. (2008). Estudos iniciais de uma escala de agressividade em competição. Interação em Psicologia, 12(2), 189 – 201. http://dx.doi.org/10.5380/psi.v12i2.8714

Beaton, D., Bombardier, C., Guillemin, F., & Ferraz, M. B. (2007). Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health, 1(1), 1-45.

https://dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf

Borsa, J. C., Damásio, B. F., & Bandeira, D. R. (2012). Cross-cultural adaptation and validation of psychological instruments: Some considerations. Paidéia, 22(53), 423-432. https://doi.org/10.1590/s0103-863x2012000300014

Brown, T. A. (2006). Confirmatory factor analysis for applied research. The Guilford Press.

Cajina-Guedeat, M., & Reyes-Bossio, M. (2021). Experiencia Emocional Subjetiva en Deportistas Extremos: Estudio Cualitativo. Cuadernos de Psicología del Deporte, 21(1), 1–17. https://doi.org/10.6018/cpd.418141

Campo, M., Champely, S., Lane, A. M., Rosnet, E., Ferrand, C., & Louvet, B. (2019). Emotions and performance in rugby. Journal of sport and health science, 8(6), 595-600. https://doi.org/10.1016/j.jshs.2016.05.007

Campo, M., Champely, S., Louvet, B., Rosnet, E., Ferrand, C., Pauketat, J. V., & Mackie, D. M. (2019). Group-based emotions: Evidence for emotion-performance relationships in team sports. Research quarterly for exercise and sport, 90(1), 54-63. https://doi.org/10.1080/02701367.2018.1563274

Campo, M., Sanchez, X., Ferrand, C., Rosnet, E., Friesen, A., & Lane, A. M. (2016). Interpersonal emotion regulation in team sport: Mechanisms and reasons to regulate teammates' emotions examined. International Journal of Sport and Exercise Psychology, 15(4), 379-394. https://doi.org/10.1080/1612197X.2015.1114501

Chen, F. F. (2007). Sensitivity of goodness of fit indexes to lack of measurement invariance. Structural Equation Modeling, 14(3), 464-504. https://doi.org/10.1080/10705510701301834

Cheung, G. W., & Rensvold, R. B. (2002). Evaluating goodness-of-fit indexes for testing measurement invariance. Structural Equation Modeling, 9(2), 233–255. https://doi.org/10.1207/S15328007SEM0902_5

Damásio, B. F. (2013). Contribuições da Análise Fatorial Confirmatória Multigrupo (AFCMG) na avaliação de invariância de instrumentos psicométricos. Psico-USF, 18(2), 211-220. https://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200005

Dempster, A., Laird, N., & Rubin, D. B. (1977) Maximum likelihood from incomplete data via the EM algorithm. Journal of the Royal Statistical Society. Series B, 39(1), 1–38, 1977. https://doi.org/10.1111/j.2517-6161.1977.tb01600.x

Dias, C., Corte-Real, N., Cruz, J. F., & Fonseca, A. M. (2013). Emoções no desporto: O que sabemos e o (que sentimos) que julgamos saber. Revista de Psicología del Deporte, 22(2),473-480.

Dunn, T. J., Baguley, T., & Brunsden, V. (2013). From alpha to omega: A practical solution to the pervasive problem of internal consistency estimation. British Journal of Psychology, 105(3), 399–412. http://doi.org/10.1111/bjop.12046

Fernandes, M. G., Vasconcelos-Raposo, J., & Fernandes, H. M. (2012). Propriedades psicométricas do CSAI-2 em atletas brasileiros. Psicologia Reflexão e Crítica, 25(4), https://doi.org/10.1590/S0102-79722012000400007

Fornell, C., & Larcker, D. F. (1981). Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research,18(1), 39–50. https://doi.org/10.2307/3151312

Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2019). Cognitive Neuroscience: The Biology of the Mind (5th ed.). W.W Norton & Company.

Gomes, A. R. (2008). Questionário de emoções no desporto (QED) [Unpublisehd manuscript]. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

González-García, H., Martinent, G., & Pelegrín, A. (2020). Sport emotions profiles: Relationships with burnout and coping skills among competitive athletes. International Journal of Sports Science & Coaching, 15(1), 9-16. https://doi.org/10.1177/1747954119884039

Hair, J. F., Black, W., Babin, B., & Anderson, R. E. (2014). Multivariate data analysis (7th ed.). Pearson.

Hanin, Y. L. (1997). Emotions and athletic performance: Individual zones of optimal functioning model. European Yearbook of Sport Psychology, 1, 29-72. https://doi.org/10.5040/9781492596233.ch-003

Hanin, Y. L. (2000). Successful and poor performance and emotions. In Y. L. Hanin (Ed.), Emotions in Sports (pp. 157 - 187). Human Kinetics.

Hernández-Nieto, R. A. (2002). Contributions to statistical analysis. Mérida.

Hooper, D., Coughlan, J., & Mullen, M. (2008). Structural Equation Modelling: Guidelines for Determining Model Fit. Electronic Journal of Business Research Methods, 6(1), 53–60. https://doi.org/10.21427/D7CF7R

Howard, M. C. (2016). A review of exploratory factor analysis decisions and overview of current practices: What we are doing and how can we improve? International Journal of Human-Computer Interaction, 32(1), 51-62. https://doi.org/10.1080/10447318.2015.1087664

Hu, L. T., & Bentler, P. M. (1999). Cutoff criteria for fit indexes in covariance structure analysis: Conventional criteria versus new alternatives. Structural equation modeling: a multidisciplinary journal, 6(1), 1-55. https://doi.org/10.1080/10705519909540118

Jones, M. V. (2003). Controlling emotions in sport. The sport psychologist, 17(4), 471-486. https://doi.org/10.1123/tsp.17.4.471

Jones, M. V., Lane, A. M., Bray, S. R., Uphill, M., & Catlin, J. (2005). Development and validation of the Sport Emotion Questionnaire. Journal of Sport and Exercise Psychology, 27(4), 407-431. https://doi.org/10.1123/jsep.27.4.407

Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. Bioetrics, 33, 159-174. https://doi.org/10.2307/2529310

Latinjak, A. T., Cook, K., & López-Ros, V. (2013). What does the Sport Emotion Questionnaire measure in terms of core affect? Journal of Health Science, 1, 21-27. https://doi.org/10.17265/2328-7136/2013.12.003

Lazarus, R. S. (2000a). Cognitive-motivational-relational theory of emotion. In Y. L. Hanin (Ed.), Emotions in Sports (39–63). Human Kinetics.

Lazarus, R. S. (2000b). How emotions influence performance in competitive sports. The sport psychologist, 14(3), 229-252. https://doi.org/10.1123/tsp.14.3.229

Li, C. H. (2016). The performance of ML, DWLS, and ULS estimation with robust corrections in structural equation models with ordinal variables. Psychological methods, 21(3), 369-387. https://doi.org/10.1037/met0000093

Lloret-Segura, S., Ferreres-Traver, A., Hernandez-Baeza, A., & Tomas-Marco, I. (2017). El análisis factorial exploratorio de los ítems: análisis guiado según los datos empíricos y el software. [The exploratory factor analysis of items: guided analysis based on empirical data and software]. Anales de Psicología, 33(2), 417-432. https://doi.org/10.6018/analesps.33.2.270211

López-Torres, M., Torregrosa, M., & Roca, J. (2007). Características del “flow”, ansiedad y estado emocional, en relación con el rendimiento de deportistas de elite. Cuadernos de Psicología del Deporte, 7(1), 25–44. https://revistas.um.es/cpd/article/view/54641

McCarthy, P. J. (2011). Positive emotion in sport performance: current status and future directions. International Review of Sport and Exercise Psychology, 4(1), 50-69. https://doi.org/10.1080/1750984X.2011.560955

McCarthy, P. J., Allen, M. S., & Jones, M. V. (2012). Emotions, cognitive interference, and concentration disruption in youth sport. Journal of Sports Sciences, 31(5), 505-515. https://doi.org/10.1080/02640414.2012.738303

Ortega, A. M. S., & Montero, F. J. O. (2021). Relación entre resiliencia y rendimiento en deportistas. Revisión sistemática. Revista de Psicología Aplicada al Deporte y el Ejercicio Físico, 6(2), e16, 1-11. https://doi.org/10.5093/rpadef2021a16

URFA, O., & Aşçi, F. H. (2019) SPOR DUYGU ÖLÇEĞİ: GEÇERLİK VE GÜVENİRLİK ÇALIŞMASI. SPORMETRE Beden Eğitimi ve Spor Bilimleri Dergisi, 17(4), 42-55. https://doi.org/10.33689/spormetre.518329

Parfitt, G., Hardy, L., & Pates, J. (1995). Somatic anxiety and physiological arousal: Their effects upon a high anaerobic, low memory demand task. International Journal of Sport Psychology, 26(2), 196–213.

Palgunadhi, F. (2020). Sport Emotion Pada Olahraga Permainan Perorangan, Permainan Beregu, Dan Beladiri [Unpublished Doctoral dissertation]. Universitas Pendidikan Indonesia.

Palgunadhi, F., & Kardjono, K. (2020). Emotion Levels in Individual Game Sports and Martial Arts. In 4th International Conference on Sport Science, Health, and Physical Education - ICSSHPE 2019 (406-409). Atlantis Press. https://doi.org/10.2991/ahsr.k.200214.109

Park, J. G., & Chang, D. S. (2013). Examining the cross-validity of Sport Emotion Questionnaire. Korean Journal of Sports Psychology, 24(2), 161-175.

Proios, M. (2014). Relationship between discrete emotions and moral content judgment in sport settings. Ethics & Behavior, 24(5), 382-396. https://doi.org/10.1080/10508422.2013.869746

Raykov, T. (1997). Estimation of composite reliability for congeneric measures. Applied Psychological Measurement, 21(2), 173-184. https://doi.org/10.1177/01466216970212006

Robazza, C., Bertollo, M., Ruiz, M. C., & Bortoli, L. (2016). Measuring psychobiosocial states in sport: Initial validation of a trait measure. PLoS ONE, 11(12), e0167448. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0167448

Ruiz, M. C, & Hanin, Y. L. (2011). Perceived impact of angeron performance of skilled karate athletes. Psychology of Sport and Exercise, 12(3), 242-249. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2011.01.005

Schellingerhout, J. M., Heymans, M. W., Verhagen, A. P., de Vet, H. C., Koes, B.W., & Terwee, C. B. (2011). Measurement properties of translated versions of neck-specific questionnaires: a systematic review. BMC medical research methodology, 11(87), 1-14. https://doi.org/10.1186/1471-2288-11-87

Shi, D., & Maydeu-Olivares, A. (2020). The Effect of Estimation Methods on SEM Fit Indices. Educational and Psychological Measurement, 80(3), 421–445. https://doi.org/10.1177/0013164419885164

Spielberger, C. D., & Biaggio, A. (1992). Manual do STAXI. Vetor.

Trevelin, F., & Alves, C. F. (2018). Psicologia do esporte: revisão de literatura sobre as relações entre emoções e o desempenho do atleta. Psicologia Revista, 27, 545-562. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2018v27i3p545-562

Vacher, P., Nicolas, M., Martinent, G., & Mourot, L. (2017). Changes of swimmers’ emotional states during the preparation of national championship: Do recovery-stress states matter? Frontiers in Psychology, 8, 1043. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.01043

Valentini, F., & Damásio, B. F. (2016). Variância média extraída e confiabilidade composta: indicadores de precisão. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(2), 1-7. http://dx.doi.org/10.1590/0102-3772e322225

Viladrich, C., Angulo-Brunet, A., & Doval, E. (2017). A journey around alpha and omega to estimate internal consistency reliability. Anales de Psicología, 33(3), 755-782. https://doi.org/10.6018/analesps.33.3.268401

Weinberg, R. S., & Gould, D. (2017). Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício (6ª ed.). Artmed.

Wetzel, Ä., Weigelt, M., & Klingsieck, K. B. (2020). Übersetzung und Validierung einer deutschsprachigen Version des Sport Emotion Questionnaire (SEQ). Diagnostica, 66(4), 246-257. https://doi.org/10.1026/0012-1924/a000255

Woodman, T., Davis, P. A., Hardy, L., Callow, N., Glasscock, I., & Yuill-Proctor, J. (2009). Emotions and sport performance: An exploration of happiness, hope, and anger. Journal of sport and exercise psychology, 31(2), 169-188. https://doi.org/10.1123/jsep.31.2.169

Yang, H., Wen, X., & Xu, F. (2020). The Influence of Positive Emotion and Sports Hope on Pre-competition State Anxiety in Martial Arts Players. Frontiers in Psychology, 11, 1460. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.01460

Publicado
24-04-2023
Como Citar
Dias Leite, C., da Silva Soares Júnior, R., Fukuda, C. C. ., Viegas Caixeta, F., Ferreira de Melo, G., Bodnariuc Fontes, E., & Almeida Ramos, I. (2023). Características psicométricas da versão brasileira do Sport Emotion Questionnaire (SEQ-BR). Cadernos de Psicologia do Desporto, 23(2), 90–105. https://doi.org/10.6018/cpd.493191
Edição
Secção
Psicología del Deporte

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)