Difusão digital em arquivos judiciários

análise de portais dos tribunais de justiça brasileiros

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/analesdoc.616741
Palavras-chave: Acesso à informação; ambiente web; gestão de dados; legislação arquivística., Justiça, Sítios web de arquivos, Difusão de conteúdos

Resumo

descrever como os arquivos judiciários têm realizado a difusão digital de seus acervos, produtos e serviços como meio de garantir acesso ao patrimônio cultural documental dos tribunais de justiça brasileiros. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que, por meio da pesquisa documental, analisou os portais dos 27 tribunais de justiça. Resultados/Conclusões: Constata-se que ainda é grande o número de arquivos judiciários, 37%, que não possuem uma página web nos portais institucionais (seja nos Portais de Memória ou fora dele) para a realização de algum tipo de difusão das informações arquivísticas. observa-se uma predominância na disponibilização nas páginas web existentes de informações sobre os produtos dos arquivos, como por exemplo, instrumentos de pesquisa e de gestão. Mesmo com as novas Resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vêm sendo publicadas desde 2020, percebe-se que ainda há muito a avançar no que tange ao trabalho de difusão desses arquivos. A constatação de que 10 dos 27 arquivos dos tribunais de justiça não possuem ou suas páginas web não foram localizadas nos respectivos portais judiciais ou portais de memória, ou mesmo que suas páginas web foram construídas, mas ainda com informações insuficientes para o interesse dos usuários, demonstra uma fragilidade com relação à comunicação digital na área arquivística no judiciário brasileiro. Uma vez que os arquivos protegem gerencial, fiscal, financeiro e históricas e, sobretudo, direitos aos cidadãos por meio de seu patrimônio documental. 

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Paula Carina de Araújo, Universidade Federal do Paraná

Docente do Departamento de Ciência e Gestão da Informação e do Programa de Pós-graduação em Gestão da Informação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua como Editora Associada do Directory of Open Access Journals (DOAJ) e da Revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento. É líder do Grupo de Pesquisa Metodologias para Gestão da Informação e colíder do Grupo de Pesquisa Informação, Direito e Sociedade (Infojus). Atuou na equipe de desenvolvimento do compromisso 8 "Construir uma proposta de modelo de avaliação que fomente a Ciência Aberta referente ao tema Transparência em Ciência: novos mecanismos de avaliação para o avanço da Ciência Aberta" do 5 Plano de Ação Nacional no âmbito da Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership - OGP). Foi consultora do projeto de modernização de políticas científicas do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) (2021-2022). Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Foi Bolsista Fulbright/CAPES do Programa Estágio de Doutorando nas Ciências Humanas, Ciências Sociais, Letras e Artes na The Information School - University of Washington (UW) nos Estados Unidos, sob supervisão do Prof. Joseph Tennis (2016-2017). Mestre em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É Bacharel em Biblioteconomia com Habilitação em Gestão da Informação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). 

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Publicado
30-10-2024
Como Citar
Rabelo, L., & de Araújo, P. C. (2024). Difusão digital em arquivos judiciários: análise de portais dos tribunais de justiça brasileiros. Anais de documentação, 27. https://doi.org/10.6018/analesdoc.616741
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