Vídeo no brasil 1950-1980: novos circuitos para a arte

Autores/as

  • Christine Mello
Palabras clave: video, video art, hybridism, contemporary art, electronic art, art in Brazil, audiovisual, art circuits

Resumen

Análise da experiência do vídeo no Brasil no período compreendido entre os anos 1950 e 1980, como uma estratégia de pluralismo, hibridização cultural e abertura de novos circuitos para a arte. Essa forma de percepção é observada a partir de um conjunto de práticas discursivas heterogêneas e não-hegemônicas existentes no ambiente criativo brasileiro durante esse período. A abordagem teórica dá ênfase às tendências que acompanham o contexto da produção artística brasileira em suas passagens do modernismo para a contemporaneidade, assim como a movimentos como a antropofagia, o tropicalismo, o conceitualismo e o vídeo independente. O vídeo como prática de arte no Brasil tem origem em 1956, por conta da intervenção e performance do artista Flávio de Carvalho na televisão brasileira. A partir de práticas precursoras como essa, o presente artigo promove um levantamento sobre a cena experimental em meios eletrônicos no Brasil. A visão do hibridismo é aqui utilizada tanto no sentido de processamento cultural quanto das ações limítrofes do vídeo em sinergia com o sistema da arte. É dessa forma que o vídeo, uma arte híbrida e de constante diálogo com os outros meios, manifesta suas primeiras iniciativas no Brasil em torno de um pensamento contemporâneo.

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Cómo citar
Mello, C. (2009). Vídeo no brasil 1950-1980: novos circuitos para a arte. Arte y Políticas de Identidad, 1, 185–220. Recuperado a partir de https://revistas.um.es/reapi/article/view/89461
Número
Sección
Artículos