«A família: um recurso para a intervenção social em períodos de incerteza»
Resumo
Neste artigo refletimos sobre o papel da ação social na promoção de bem-estar em períodos de crise e no presente, durante o período pandémico. O exercício do Serviço Social na sociedade é aplicado por assistentes sociais que, embora seja um recurso especializado, tem uma fraca autonomia do profissional na tomada de decisão, um fraco reconhecimento do saber teórico do assistente social pelos decisores institucionais e trabalha maioritariamente em equipas uniprofissionais. Mas o assistente social sendo um profissional especializado tem uma formação teórico-prática sustentada na aquisição de competências teóricas, instrumentais e práticas para uma intervenção na complexidade. O assistente social é formado no trabalho em rede e na social advocacy, sem esquecer o treino da observação da realidade social de vida da pessoa. O assistente social, como profissional da relação e da comunicação, desempenha uma forte atividade de mediação na conexão dos diferentes agentes para uma mudança social sustentável.
Na elaboração do artigo utilizamos uma metodologia qualitativa baseada em técnicas de observação da realidade social e em técnicas de pesquisa e análise documental.
O artigo instiga à reflexão profissional, à inovação das abordagens de intervenção e a uma nova matriz de pensar a ação social emancipatória e promotora de maior inclusão social numa forte e efetiva aplicação de direitos humanos para o desenvolvimento social e humano. Destacamos a necessidade das intervenções públicas na prossecução de objetivos coletivos fundamentados numa estratégia de desenvolvimento que promova um futuro mais sustentável e equitativo. A pandemia veio chamar a atenção para a necessidade de se repensar a proteção social, nomeadamente a regulamentação do teletrabalho, dando resposta à informalidade e promover uma maior disponibilidade da sociedade para mobilizar mais recursos financeiros para a minimização de riscos através da Segurança Social. Torna-se necessário conceber políticas mais equitativas e sustentáveis, baseadas num diálogo social e cooperação institucional contribuindo para aumentar a confiança do público nas instituições de forma a tornar a economia e a sociedade mais inclusivas e sustentáveis, sem esquecer a família como parceiro participativo e ativo na intervenção do Serviço Social.
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