Da Corte às Províncias: O desenvolvimento das Caixas Econômicas Provinciais no Império do Brasil (1874-1889)

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DOI: https://doi.org/10.6018/arics.471591
Palabras clave: Caixas Econômicas, Brasil, Século XIX, Depósitos, Rio de Janeiro

Resumen

As caixas econômicas no Brasil datam do começo da década de 1830. No entanto, o governo brasileiro cria sua primeira caixa econômica em 1861 na cidade do Rio de Janeiro. Devido ao desenvolvimento dessa caixa, o governo imperial resolveu expandir esse modelo para cada capital de província brasileira a partir de 1874. A proposta desse artigo é apresentar uma análise do desenvolvimento da poupança brasileira por meio das caixas econômicas provinciais administradas pelo governo imperial brasileiro e fazer uma comparação com os índices de crescimento com a principal caixa econômica do país, a Caixa Econômica da Corte entre 1874-1889. No limite do texto, traremos ponderações acerca do desenvolvimento dessas instituições em relação à conjuntura político-econômica específica de cada capital provincial. O texto está dividindo em quatro partes. A primeira retrocede o recorte cronológico da proposta para fazer uma breve história da poupança e das principais caixas econômicas do Brasil anteriores a criação da Caixa Econômica da Corte em 1861. A segunda discorre brevemente sobre a reforma estatutária das caixas econômicas em 1874 e a forma administrativa adotada para todas as caixas econômicas provinciais do Império do Brasil. A terceira, núcleo central do artigo, analisa o desenvolvimento dos depósitos das caixas econômicas provinciais nas duas décadas do Império do Brasil, bem como relaciona ao crescimento demográfico das províncias entre os recenseamentos de 1872 e 1890. A quarta, e última parte, trata das conclusões obtidas nas análises geral das caixas econômicas provinciais.

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Publicado
15-09-2021
Cómo citar
Alvarenga de Oliveira, T. (2021). Da Corte às Províncias: O desenvolvimento das Caixas Econômicas Provinciais no Império do Brasil (1874-1889). Áreas. Revista Internacional de Ciencias Sociales, (41), 39–56. https://doi.org/10.6018/arics.471591