Experiências e agenciamentos de sentidos conferidos a textos de antropologia em situações de ensino-aprendizagem

Autores/as

DOI: https://doi.org/10.6018/areas.527371
Palabras clave: ethnography and education, teaching anthropology, anthropological theory, teaching research, ways to learn

Resumen

Nesse texto, analiso qual foi o lugar das experiências dos alunos nas suas leituras pragmáticas dos textos, influenciando às dinâmicas de ensino-aprendizagem de antropologia e os impactos no entendimento de suas alteridades. Os argumentos para sustentar tal proposição têm por base discussões recentes sobre etnografia, como forma de desenvolver teorias e conceitos, produzir conhecimento, e trabalhos sobre etnografia em educação. As reflexões aqui apresentadas foram construídas a partir de aulas lecionadas na cidade de Codó, localizada no leste do Maranhão-Brasil, e em aulas on-line no período da pandemia de covid19, para turma com alunos desta mesma cidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ABU-LUGHOD, Lila (1993): Writing women’s words: Bedouin stories. Berkeley, University of California Press.

ALTMAN, Eliska (2004): “Memórias de um Cabra Marcado pelo Cinema: representações de um Brasil rural”, Campos 5(2), pp. 87-105.

AMIT, V. (ed). (2000): Construct the field: ethnographic fieldwork in the contemporary world. London, New York, Routledge.

ASSUNÇÃO, Matthias Röhrig (2015): De caboclos a bem-te-vis. Formação do campesinato numa sociedade escravista: Maranhão, 1800-1850. São Paulo, Annablume.

BECKER, Howard S. (1974): “Labelling theory reconsidered.” In: ROCK, P. & MCINTOSH, M. (eds.). Deviance and social control. London, Tavistock, pp. 41-66.

BECKERT, Sven (2015): Empire of cotton: a global history. New York, Alfred A. Knopf.

BENEDICT, Ruth (1972): O crisântemo e a espada: padrões da cultura japonesa. São Paulo, Perspectiva.

BENEDICT, Ruth (2005): Padrões de Cultura. Lisboa, Edições Livros do Brasil.

BLUM, S. D. (2009): My word!: plagiarism and college culture. Ithaca, Cornell University Press.

BOAS, Franz (2004a): “Raça e progresso.” In: CASTRO, Celso (org.): Franz Boas: Antropologia Cultural. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, pp. 67-86.

BOAS, Franz (2004b): “Antropologia.” In: STOCKING Jr., George W. (org. e intr.): A formação da antropologia americana (1883-1911): Antologia/Franz Boas. Rio de Janeiro, Contraponto, Editora UFRJ, pp. 323-340.

BORGES, Antonádia (2016): “República das mangas ou sobre o amargo gosto de tudo o que amadurece à força.” Revista Pós Ciências Sociais, 13(25), pp. 21-42.

BORNEMAN, J., HAMMOUDI, A. (eds) (2009): Being there: the fieldwork encounter and the making of truth. Berkley , Los Angeles, University of California Press.

BOURDIEU, Pierre (1999): “A ilusão biográfica.” In: FERREIRA, Marieta de Moraes e AMADO, Janaína (orgs.): Usos de abusos da história oral. Rio de Janeiro, Fundação Getulio Vargas Editora: pp. 183-191.

OURDIEU, Pierre (1996): Economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo, EdUSP.

CACCIAMALI, Maria Cristina; TATEI, Fábio, e BATISTA, Natália Ferreira (2010): “Impactos do Programa Bolsa Família federal sobre o trabalho infantil e a frequência escolar.” Rev. Econ. Contemp. [online]. v.14, n.2, pp. 269-301.

CAVE, P. (2007): Primary school in Japan: self, individuality and learning in elementary education. London, Routledge.

CLIFFORD, James, e MARCUS, George (eds.) (1986): Writing culture: the poetics and politics of ethnography. (Experiments in contemporary Anthropology. A School of American Research Advanced Seminar). Berkley, Los Angeles, London, University of California Press.

DUMONT, Louis (1992): Homo hierarchicus: o sistema das castas e as suas implicações. São Paulo, EdUSP.

DUPLESSIS, Robert (2019): Transitions to capitalism in early modern Europe: economies in the era of early globalization, c. 1450-c. 1820. New York, Cambridge University Press.

ELIAS, Norbert (1994): “A individualização no processo social.” In: A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, pp. 102-125.

EVANS-PRITCHARD, Edward Evan (1931): “Sourcery and native opinion”, Africa: Journal of the Africa International Institute, 4(1), pp. 22-55.

FABIAN, J. (2012): “Cultural anthropology and the question of knowledge”, Journal of the Royal Anthropological Institute, 18(2), pp. 439-453.

FALCON, Francisco (1993): A época pombalina: política econômica e monarquia ilustrada. São Paulo, Ática.

FAVRET-SAADA, J. (1977): Les mots, la mort, les sorts. Paris, Gallimard.

FERGUSON, A. A. (2001): Bad Boys: public schools in the making of black masculinity. Michigan, The University of Michigan Press.

FIGUEIRÔA, Alexandre; BEZERRA, Cláudio, e FECHINE, Yvana (2003): “O documentário como encontro: entrevista com o cineasta Eduardo Coutinho.” Galáxia, n.6, out., pp. 213-229.

FIRTH, Raymond (ed) (1957): Man and culture: an evaluation of the work of Bronislaw Malinowski. New York, Humanities Press.

FONSECA, Claudia (1991): “Cavalo amarrado também pasta: honra e humor em um grupo popular brasileiro.” Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.15, n.6, pp. 27-39.

FONSECA, Cláudia (1999): “Quando cada caso NÃO é um caso.” Revista Brasileira de Educação, jan/fev/mar/abr, n.10, pp. 58-78.

FONSECA, Claudia (2004). Família, fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. 2a. ed., Porto Alegre, Editora da UFRGS.

FORSEY, M. (2018): “Educational Ethnography in and for a Mobile Modernity.” In: BEACH, D.; BAGLEY, C., e MARQUES DA SILVA, S. (eds): The Handbook of Ethnography of Education. London, Wiley, pp. 443-454.

GOMES, Raquel F. R. (2018): Ainda somos os mesmos e estudamos como nossos pais. Curitiba, Appris.

HERZFELD, Michael (1980): “Honour and shame: problems in the comparative analysis of moral systems.” Man, New Series, v. 15, n. 2, jun., pp. 339-351.

HINE, Christine (2000): Virtual Ethnography. London, New Dehli, Thousand Oaks, Sage.

HORST, Heather, e MILLER, Daniel (2006): The cell phone: an Anthropology of communication. London, Berg.

HORST, Heather, e TAYLOR, E. B. (2014): “The role of mobile phones in the mediation of border crossings: a study of Haiti and the Dominican Republic.” The Australian Journal of Anthropology, v.25, n.2, pp. 155-170.

HUME, L., e MULCOCK, J. (eds). (2004): Anthropologists in the field: cases in participant observation. New York, Columbia University Press.

INGOLD, Tim. (2008): “Anthropology is not ethnography.” British Academy, [s.l.]. Disponível em: http://proc.britac.ac.uk/tfiles/154p069.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.

KOFES, Suely (1994): “Experiências sociais, interpretações individuais: histórias de vida, suas possibilidades e limites.” Cadernos Pagu, (3), pp. 117-141.

LAREAU, Annette (2003): Unequal Childhoods: Class, Race, and Family Life. Berkeley, University of California Press.

LOPES, José Sérgio Leite, e ALVIM, Rosilene (19990: “Uma autobriografia operária: a memória entre a entrevista e o romance”. Estudos Avançados, 13(37), pp. 105-124.

LOPES, José Sérgio Leite (1976): O vapor do diabo: o trabalho dos operários do açúcar. Rio de Janeiro, Paz & Terra.

MAIA, Bóris (2019): Vida de escola: uma etnografia sobre a autoridade e carisma na educação. Niterói, EdUFF.

MALUF, Sônia Weidner (2022): “Ensinar antropologia em tempos sombrios.” Ilha – Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 24, n. 1, jan, e80190, pp. 117-134.

MARINS, Mani Tebet (2014): “Repertórios morais e estratégias individuais de beneficiários e cadastradores do Bolsa Família.” Sociologia & Antropologia, dec., 4(2), pp. 543-562.

MAXWELL, Kenneth (1996): Marquês de Pombal: paradoxo do iluminismo. Rio de Janeiro, Paz & Terra.

MEAD, Margareth (1969): Sexo e temperamento. São Paulo, Perspectiva.

MEDEIROS, Leonilde Sérvolo de, e CASTRO, Flávia (2017): Cabra marcado para morrer, visto por. Rio de Janeiro, 7Letras.

MENEZES, Paulo Roberto Arruda de (1994): “A questão do herói-sujeito em cabra marcado para morrer, filme de Eduardo Coutinho.” Tempo Social, Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 6(1-2), pp. 107-126.

NOVAES, Regina (1996): “Violência imaginada: João Pedro Teixeira, o camponês, no filme de Eduardo Coutinho.” Cadernos de Antropologia e Imagem, 3, pp. 187-208.

NOVAES, Regina, e DA-RIN, Silvio (2017): A família de Elizabeth Teixeira + Sobreviventes de Galileia, visto por. Rio de Janeiro, 7Letras.

OLIVEIRA, Luis Roberto Cardoso de (1996): “Entre o justo e o solidário: Os dilemas dos direitos de cidadania no Brasil e nos EUA.” Revista Brasileira de Ciências Sociais (ANPOCS), nº 31 ano 11, pp. 67-81.

OLIVEIRA, Luis Roberto Cardoso de (2004): Honra, dignidade e reciprocidade. Brasília/DF: Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Série Antropologia #344.

ORTNER, Sherry (2003): New Jersey Dreaming: Capital, Culture, and the Class of ’58. Durham, London, Duke University Press.

ORTNER, Sherry (2006): Anthropology and Social Theory: culture, power, and the acting subject. Durham, London, Duke University Press.

PALMEIRA, Moacir (1976): “Casa e trabalho: nota sobre as relações sociais na “plantation” tradicional.” In: Actes du XLIIe Congrès Internacional des Américanistes. Congrès du Centenaire, Paris, 2-9, Sept., pp. 305-315.

PALMEIRA, Moacir (1989): “Modernização, Estado e questão agrária.” Estudos Avançados, 3(7), pp. 87-108.

PEREIRA, Thales A. Zamberlan (2018): “The Rise of the Brazilian Cotton Trade in Britain during the Industrial Revolution.” Journal of Latin Amererica Studuies, 50, n.4, pp. 919-949.

PERISTIANY, John G., e PITT-RIVERS, Julian (eds.) (1992): Honor and Grace in Anthropology. Cambridge, Cambridge University Press.

PEROSA, Graziela Serroni (2009): Escola e destinos femininos – São Paulo, 1950/1960. Belo Horizonte, Argumentum.

PINTO, Danilo Cézar (2016): “De papel a documento: uma reflexão antropológica sobre os procedimentos notoriais.” Revista Antropolítica, n. 41, Niterói, 2o. sem., pp. 328-356.

POLLAK, Michael (1989): “Memória, esquecimento, silêncio.” Estudos Históricos, vol.2, n.3, pp. 3-15.

RAPPORT, Nigel (1997): “Edifying anthropology: culture as conversation; representation as conversation.” In: AMES, A.; HOCKEY, J., e DAWSON, A. (eds): After writing culture: epistemology and praxis in contemporary anthropology. London, New York, Routledge, pp. 177-191.

ROSISTOLATO, Rodrigo (2016): “Você sabe como é, eles não estão acostumados com antropólogos!”: uma análise etnográfica da formação de professores.” Pro-Posições, 24(2), pp. 41-54.

SANABRIA, Guillermo Vega, e BOLLETTIN, Paride (2020): “Estranhamento, adaptação e mudança na pesquisa antropológica: O que permanece no “trabalho de campo” após a epidemia de Covid-19?” In: BOLLETTIN, Paride; SANABRIA, Guillermo Vega, e TAVARES, Fátima (orgs.). Etnografando na pandemia. Padova, Cleup, Coop. Libraria Editrice Università di Padova, pp. 9-19.

SAPIR, Edward (2012): “Cultura autêntica e cultura espúria.” Sociologia & Antropologia, v.2, n.4, pp. 35-60.

SCHWARZ, Roberto (1985): “O fio da meada.” Novos Estudos CEBRAP, São Paulo n.12, jun. 8, pp. 31-34.

SIGAUD, Lygia. (2018b): “Trabalho assalariado e trabalho familiar no Nordeste.” Anuário Antropológico, 4(1), p.181–199, Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6123 Acesso em: 12 fev. 2022.

SIGAUD, Lygia (1996): “Direito e coerção moral no mundo dos engenhos.” Estudos Históricos, n.18, pp. 361-388.

SILVA, Daniel B. Domingues da (2008): “The Atlantic slave trade to Maranhão, 1680-1846: volume, routes and organization.” Slavery & Abolition, London, v.29, n.4, dez., pp. 447-501.

SILVA, Marcondes Alexandre da (2016): O homem e o poder: a trajetório de vida e a atuação política do Major-Coronel Theodorico Bezerra – de Santa Cruz a Tangará-RN (1903-1965). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

SINGER, A., e STREET, B. V. (eds). (1972): Zande themes: essays presented to Sir Edward Evans-Pritchard. Oxford, Basil Blackwell.

STOCKING, Jr., George W. (1983): “The ethnographer’s magic: fieldwork in British Anthropology from Tylor to Malinowski.” In: STOCKING, Jr., George W. (ed.). Observers observed: essays on ethnographic fieldwork. History of Anthropology, vol. 1. Wisconsin, The University of Wisconsin Press, pp. 70-120.

STRATHERN, Marylin (2004): “The whole person and its artifacts.” Annual Review of Anthropology, n.33, pp. 1-19.

SWYERS, H. (2016): “Rediscovering Papa Franz teaching anthropology and modern life.” Hau: Journal of Ethnographic Theory, 6 (2), pp. 213-231.

THORNTON, Robert (1985): ““Imagine yourself set down...”: Mach, Frazer, Conrad, Malinowski and the role of imagination in ethnography.” Anthropology Today, vol. 1, n. 5, pp. 7-14.

TOMICH, Dale (2004): “The Second Slavery.” In: Through the Prism of Slavery: Labor, Capital, and World Economy. Lanham, MD, Rowman & Littlefied, pp. 56-71.

TRNKA, S. (2017): “The Fifty Minute Ethnography: teaching theory through fieldwork.” The Journal of Effective Teaching, v.17, n.1, pp. 28-34.

VELHO, Gilberto (1981): “Projeto, emoção e orientação em sociedades complexas”. In: Individualismo e Cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, pp. 13-38.

VELHO, Otávio Guilherme (1976): Capitalismo autoritário e campesinato: um estudo comparativo a partir da fronteira em movimento. São Paulo, Rio de Janeiro, DIFEL.

VIEIRA JÚNIOR, Itamar (2018): Torto arado. São Paulo, Todavia.

WERNECK, Alexandre, e PEDROSO, Marcelo (2017): Theodorico, Imperador do Sertão, visto por. Rio de Janeiro, 7Letras.

WILLIS, P. (1977): Learning to labor: how working class kids get working class jobs. New York, Columbia University Press.

WOORTMANN, K. (1988): “Com parente não se neguceia”. O campesinato como ordem moral. Anuário Antropológico, Brasília, v.12, n.1, pp. 11-73.

Publicado
31-12-2023
Cómo citar
Luiz Alberto Couceiro. (2023). Experiências e agenciamentos de sentidos conferidos a textos de antropologia em situações de ensino-aprendizagem. Áreas. Revista Internacional de Ciencias Sociales, (45), 55–74. https://doi.org/10.6018/areas.527371