Saúde mental e risco de violência em mulheres e idosos vítimas de violência
Resumo
Objetivo: Determinar a relação entre o risco (de continuidade ou agravamento) de violência e a saúde mental de mulheres e idosos vítimas de violência por parceiro íntimo e familiar, respectivamente, cujos casos foram notificados em uma delegacia de polícia de Arequipa, Peru . Método: Estudo descritivo, correlacional e transversal. A amostra foi de 428 pessoas. O risco (de continuidade ou agravamento) de violência foi medido com "Fichas de Avaliação de Risco" específicas para a população do estudo, validadas e utilizadas acadêmica e legalmente no Peru. A saúde mental foi avaliada por meio do Questionário de Sintomas (Self-Reporting-Questionnaire SRQ). Para a análise, utilizou-se o SPSS-IBM 24, utilizando tabelas de frequência e contingência, com teste estatístico do qui-quadrado. Resultados: Encontrou-se associação entre características sociodemográficas e saúde mental com o nível de risco de violência, sendo estatisticamente significantes sexo, idade, escolaridade, naturalidade, estado civil, renda econômica, ocupação e sobrecarga familiar. Não foi encontrada associação significativa entre a avaliação do risco de violência e a presença de pelo menos um transtorno psiquiátrico. Conclusão: Conclui-se que nas mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo e idosas vítimas de violência familiar, o nível de risco de continuidade ou agravamento da violência foi maior no sexo feminino, mais jovem, com menor independência e capacidade econômica, com menor escolaridade ou cujo relacionamento conjugal status era de coabitação. A saúde mental não seria diferente de acordo com os diferentes níveis de risco de violência, apesar de 50% apresentarem possíveis transtornos psiquiátricos, predominantemente ansiedade/depressão e transtornos psicóticos. Palavras-chave: Violência; violência contra a mulher; saúde mental; avaliação de risco.Downloads
Referências
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