Avaliação da qualidade da assistência ao parto normal hospitalar por meio do índice de Bologna

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.487441
Palavras-chave: Avaliação em saúde, Enfermagem, Indicadores de qualidade em saúde, Métodos de avaliação, Parto humanizado

Resumo

Objetivo: Avaliar a qualidade da assistência ao parto normal hospitalar por meio do índice de Bologna.
Método: Estudo observacional, de corte transversal e delineamento quantitativo realizado em um serviço de referência na atenção obstétrica, na região Nordeste/Brasil. Utilizou-se formulário com base nos indicadores de qualidade do índice de Bologna e diretrizes de assistência ao parto normal e puerpério. Analisaram-se os dados por meio da estatística descritiva e inferencial. Para análise do Índice de Bologna atribuiu-se 1 ponto para cada variável cumprida e após avaliação de cada item, classificou-se a assistência a partir do seguinte somatório: “0” para menor qualidade, “1 a 4” qualidade intermediária e “5” a maior qualidade da assistência.
Resultados: Verificou-se média de 3,44 no índice de Bologna, correpondendo a assistência de qualidade intermediária. Dentre as cinco variáveis que compõem o índice de Bologna, os percentuais mais altos foram referentes ao uso do partograma (85,4%), presença de acompanhante no momento do parto (94,5%) e contato pele a pele entre mãe e filho na primeira hora de vida (98,1%). No entanto, houve um percentual reduzido quanto ao uso de posições não supinas (9,1%) e ausência de estímulos no primeiro período clínico do parto (56,3%).
Conclusão: Houve avanço na qualidade do cuidado ao parto hospitalar, mas é preciso disponibilizar informações para o empoderamento das mulheres, maior adesão dos profissionais às boas práticas obstétricas e inserção do enfermeiro na assistência obstétrica de risco habitual.

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Publicado
01-04-2022
Como Citar
[1]
Paiva Nóbrega, M.C. et al. 2022. Avaliação da qualidade da assistência ao parto normal hospitalar por meio do índice de Bologna . Enfermería Global. 21, 2 (abr. 2022), 356–397. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.487441.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS