Convivência conjugal com o parceiro estomizado e suas implicações sociais e afetivas: estudo comparativo

Autores

  • Ana Lucia Silva Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem
  • Ivone Kamada Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem
  • João Batista Sousa Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia
  • André Luis Vianna Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia
  • Paulo Gonçalves Oliveira Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.290051
Palavras-chave: Cônjuges, Estomia, Percepção Social, Estudo comparativo

Resumo

A avaliação do problema da estomia e suas implicações sociais e emocionais na vida conjugal com um parceiro com colostomia é o ponto de partida deste estudo. A condição da pessoa com estomia permanente pode influenciar atividades sociais e diárias com seus cônjuges.
Objetivo: analisar os aspectos sociais e afetivos da convivência diária do cônjuge e seu parceiro com estomia intestinal definitiva.
Método: Estudo comparativo do tipo caso controle, de natureza quantitativa, realizado com cônjuges de estomizados, pareado aos de não estomizados, do Distrito Federal, Brasil. A amostra foi composta por 108 pessoas, sendo 36 cônjuges de estomizados denominado Grupo Caso e 72 cônjuges de não estomizados, intitulado Grupo Controle. Os dados foram coletados de outubro de 2011 a junho de 2012.
Resultados: Mostraram que o Grupo Caso quando comparado ao Grupo Controle, apresentou menor frequência a restaurantes, a eventos coletivos e participa menos de atividades de lazer. Quanto aos hábitos em praticar atividades físicas, à percepção acerca da estabilidade da convivência marital e à avaliação da relação afetiva, foram verificados índices semelhantes em ambos os grupos.
Conclusão: O cônjuge e seu parceiro estomizado sofrem mudanças na convivência diária, mas o vinculo conjugal e os laços afetivos do casal permanecem inalterados.  

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Biografias Autor

Ana Lucia Silva, Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem

Enfermeira, Estomaterapeuta, Professora no Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde

Ivone Kamada, Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Enfermagem

Enfermeira, Professora Associado do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília

João Batista Sousa, Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia

Médico, Professor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina - Universidade de Brasília

André Luis Vianna, Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia

Médico, Professor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina - Universidade de Brasília

Paulo Gonçalves Oliveira, Universidade de Brasília - Brasil Faculdade de Medicina Departamento de Cirurgia

Médico, Professor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina - Universidade de Brasília

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Publicado
27-03-2018
Como Citar
[1]
Silva, A.L. et al. 2018. Convivência conjugal com o parceiro estomizado e suas implicações sociais e afetivas: estudo comparativo. Enfermería Global. 17, 2 (Mar. 2018), 224–262. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.290051.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS