Carga de trabalho de enfermagem em unidade de internação de onco-hematologia

Autores

  • Juliana Bastoni da Silva Doutora pela Escola de Enfermagem (EE) da Universidade de São Paulo (USP) e Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPG-Enf) da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Campinas, São Paulo,
  • Sarah Deana Moreira Enfermeira.Unicamp
  • Priscila Peruzzo Apolinario Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP http://orcid.org/0000-0002-5134-6963
  • Ana Paula Gadanhoto Vieira Enfermeira Supervisora do Hospital de Clínicas da Unicamp
  • Vera Lúcia Moura Soares Simmelink Enfermeira, Diretora das Unidades de Internação do Hospital de Clínicas da Unicamp
  • Silvia Regina Sécoli Enfermeira, Professora Livre-Docente, da EE/ USP
  • Maria Helena de Melo Lima Enfermeira, Professora Doutora da FEnf/Unicamp
  • Kátia Grillo Padilha
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.16.4.259151
Palavras-chave: Carga de trabalho, Enfermagem, Oncologia, Hematologia, Equipe de Enfermagem, Recursos Humanos de Enfermagem

Agências Suporte

  • Departamento de Enfermería del Hospital de Clínicas -UNICAMP

Resumo

Objetivo: Identificar os fatores relacionados à carga de trabalho de enfermagem gerada por pacientes onco-hematológicos hospitalizados.
Método: Coorte prospectiva realizada com 151 pacientes internados em unidade de Onco-Hematologia de um hospital universitário, no Estado de São Paulo, Brasil. Utilizou-se para a coleta de dados uma ficha com informações demográfico-clínicas e o Nursing Activities Score (NAS). Na análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, inferencial e modelos de regressão linear.
Resultados: A média do NAS na unidade foi de 47,8% (11,5 horas). Pacientes com doenças oncológicas e hematológicas malignas demandaram maior carga de trabalho de enfermagem, comparados àqueles com doenças não malignas (p=0,0034); os pacientes que morreram apresentaram maior pontuação de NAS, comparada a dos sobreviventes (p<0,0001); na regressão linear, as variáveis, diagnóstico e condição de saída, determinaram um R2 de 0,26.
Conclusão: Pacientes onco-hematológicos demandam assistência semi-intensiva, informação que oferece subsídios ao enfermeiro para planejar recursos humanos nesta especialidade.

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Biografia Autor

Priscila Peruzzo Apolinario, Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP

Faculdade de Enfermagem

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Publicado
01-10-2017
Como Citar
[1]
da Silva, J.B. et al. 2017. Carga de trabalho de enfermagem em unidade de internação de onco-hematologia. Enfermería Global. 16, 4 (Out. 2017), 24–55. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.16.4.259151.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS