Formas de violência obstétrica vivenciadas por puérperas que tiveram parto normal

Autores

  • Isaiane da Silva Carvalho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Rosineide Santana de Brito Universidade Federal do Rio Grande do Norte
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.16.3.250481
Palavras-chave: Parto normal, Serviços de saúde materna, Violência contra a mulher, Mulheres

Resumo

Objetivo: Identificar as formas de violência obstétrica vivenciadas por puérperas que tiveram parto normal.
Método: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvido junto a 35 puérperas, nas duas maternidades públicas municipais existentes na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, que tiveram parto pela via transpélvica, com filho vivo, e em condições físicas e emocionais para responder aos questionamentos propostos. Foram excluídas adolescentes sem responsável legal e puérperas que pariram fora da maternidade.
Resultados: Os relatos das puérperas retratam as formas de violência obstétrica da qual foram vítimas, caracterizadas por palavras e atitudes dos profissionais de saúde que as assistiram.
Conclusões: No âmbito do novo modelo de assistência ao parto e nascimento a violência obstétrica não deve ter espaço e os profissionais de saúde devem atuar no sentido de garantir um atendimento digno, com qualidade e tratamento respeitoso. O tempo em que a única opção era silenciar e suportar chegou ao fim.

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Biografias Autor

Isaiane da Silva Carvalho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Rosineide Santana de Brito, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutora pela Universidade de São Paulo. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

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Publicado
28-06-2017
Como Citar
[1]
Carvalho, I. da S. e de Brito, R.S. 2017. Formas de violência obstétrica vivenciadas por puérperas que tiveram parto normal. Enfermería Global. 16, 3 (Jun. 2017), 71–97. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.16.3.250481.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS