Fatores associados ao nível de dor na admissão e na alta em vítimas de trauma
Agências Suporte
- Não há
Resumo
Introdução: Diferentes fatores podem estar associados à gênese e manutenção do quadro álgico em vítimas de trauma. A subavaliação e o subtratamento da dor aguda nas unidades emergenciais têm acarretado em um atendimento desqualificado, aumentando a morbidade e o tempo de internação. O objetivo desta investigação foi verificar os fatores associados ao nível de dor na admissão e na alta em vítimas de trauma.
Metodologia: Estudo transversal, realizado com 92 vítimas de trauma atendidas em uma unidade emergencial no Sul do Brasil. A intensidade e localização da dor foram avaliadas, respectivamente, por meio da escala numérica de dor e diagrama corporal. Os dados foram analisados com o auxílio de estatística não paramétrica.
Resultados: Os achados demonstraram que estiveram associadas à dor mais intensa na admissão ou na alta características como: sexo masculino, idade mais jovem, cor da pele não branca, presença de companheiro, lesões do tipo queimadura, presença de prescrição medicamentosa, administração analgésica por via endovenosa e tempo superior a 30 minutos para melhora da dor com a farmacoterapia.
Conclusão: A instituição de protocolos ou algoritmos de mensuração e tratamento da dor pelos profissionais de saúde nas unidades emergenciais deve considerar tais características a fim de se prestar uma assistência resolutiva e de qualidade.
Downloads
Referências
Barbosa TLA, Gomes LMX, Barbosa VA, Caldeira AP. Mortalidade masculina por causas externas em Minas Gerais, Brasil. Ciên Saúd Coletiva. 2013;18(3):711-9. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232013000300017&script=sci_arttext
Amaral NA, Amaral CA, Amaral TLM. Mortalidade feminina e anos de vida perdidos por homicídio/agressão em capital brasileira após promulgação da Lei Maria da Penha. Texto contexto enferm. 2013;22(4):980-8. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-07072013000400014&script=sci_arttext
Hsia RY, Srebotnjak T, Maselli J, Crandall M, McCulloch C, Kellermann AL. The association of trauma center closures with increased inpatient mortality for injured patients. J Trauma Acute Care Surg. 2014; 76(4):1048-54. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4217699/
Santos F, Casagranda LP, Lange C, Farias JC, Pereira PM, Jardim VMR, et al. Traumatismo Cranioencefálico: causas e perfil das vítimas atendidas no pronto-socorro de Pelotas/Rio Grande do Sul, Brasil. Rev Min Enferm. 2013; 17(4):882-93. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/893
Ribeiro NCA, Barreto SCC, Hora EC, Sousa RMC. O enfermeiro no cuidado à vítima de trauma com dor: o quinto sinal vital. Rev Esc Enferm USP. 2011; 45(1):146-52.
Lira MOSC, Carvalho MFAA. Dor aguda e relação de gênero: diferentes percepções em homens e mulheres. Rev Rene. 2013; 14(1):71-81. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342011000100020&script=sci_arttext
Martinez JE, Grassi DC, Marques LG. Análise da aplicabilidade de três instrumentos de avaliação de dor em distintas unidades de atendimento: ambulatório, enfermaria e urgência. Rev Bras Reumatol. 2011; 51(4):299-308. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbr/v51n4/v51n4a02.pdf
Nascimento LA, Kreling MCGD. Assessment of pain as the fifth vital sign: opinion of nurses. Acta Paul Enferm. 2011; 24(1):50-4. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002011000100007&script=sci_arttext-&tlng=en
Dijkstra BM, Berben SAA, Van Dongen RTM, Schoonhoven L. Review on pharmacological pain management in trauma patients in (pré-hospital) emergency medicine in the Netherlands. Eur J Pain. 2013; 18(1):03-19. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/j.1532-2149.2013.00337.x/epdf
Berben SA, Meijs TH, Van-Dongen RT, Van-Vugt AB, Vloet LC, Mintjes-de Groot JJ, et al. Pain prevalence and pain relief in trauma patients in the Accident & Emergency Department. Injury. 2008; 39(5): 578-85. Disponível em: http://www.injuryjournal.com/article/S0020-1383(07)00165-9/pdf
Berben SA, Schoonhoven L, Meijs TH, Van-Vugt AB, Van-Gruns PM. Prevalence and relief of pain in trauma patients in emergency medical services. Clin J Pain. 2011; 27(7):587-92. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21505324
Alabas OA, Tashani OA, Tabassam G, Johnson MI. Gender role affects experimental pain responses: a systematic review with meta-analysis. Eur J Pain. 2012; 16(9):1211-23. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/j.1532-2149.2012.00121.x/epdf
Alabas OA, Tashani OA, Johnson MI. Effects of ethnicity and gender role expectations of pain on experimental pain: a cross-cultural study. Eur J Pain. 2012; 17(5):776-86. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23070971
Souza VS, Santos AC, Pereira LV. Perfil clínico-epidemiológico de vítimas de traumatismo torácico submetidas a tratamento cirúrgico em um hospital de referência. Scientia Med. 2013; 23(2): 96-101. Disponível em: file:///C:/Users/Mayckel/Downloads/11174-55461-5-PB.pdf
Dellaroza MSG, Pimenta CAM. Impacto da dor crônica nas atividades de vida diária de idosos da comunidade. Cienc Cuid Saude. 2012; 11(supl):235-42. Disponível em: file:///C:/Users/Mayckel/Downloads/17081-69472-1-PB.pdf
Silva BA, Ribeiro FA. Participação da equipe de enfermagem na assistência à dor do paciente queimado. Rev Dor. 2011;12(4):342-8. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-00132011000400011&script=sci_arttext
Gonçalves N, Guanilo MEE, Carvalho FL, Miasso AI, Rossi LA. Fatores biopsicossociais que interferem na reabilitação de vítimas de queimaduras: revisão integrativa da literatura. Rev Latino-Am Enfermagem. 2011;19(3):[09 telas]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n3/pt_23.pdf
Şimşekoğlu Ö, Nordfjærn T, Rundmo T. Traffic risk perception, road safety attitudes, and behaviors among road users: a comparison of Turkey and Norway. J Risk Res. 2012; 15(7): 787-800. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/13669877.2012.657221?journalCode=rjrr20
Prato CG, Gilteman V, Bekhor S. Mapping patterns of pedestrian fatal accidents in Israel. Accident Analysis & Prevention. 2012, 44(1): 56–62. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001457510003994
Oliveira NLB, Sousa RMC. Fatores associados ao óbito de motociclistas nas ocorrências de trânsito. Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(6):1379-86. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000600014
Ribeiro SBF, Pinto JCP, Ribeiro JB, Felix MMS, Barroso SM, Oliveira LF, et al. Dor nas unidades de internação de um hospital universitário. Rev Bras Anestesiol. 2012; 62(5): 605-11. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-70942012000500001&script=sci_arttext
Hwang H. Emergency department crowding and decreased quality of pain care. Acad Emerg Med. 2008;15(12):1248–55. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2729811/
As obras que são publicadas nesta revista estão sujeitas aos seguintes termos:
1. O Serviço de Publicações da Universidad de Murcia (a editorial) conserva os direitos patrimoniais (copyright) das obras publicadas, e favorece e permite a reutilização das mesmas sob a licença de utilização indicada no ponto 2.
© Serviço de publicações, Universidad de Murcia, 2011
2. As obras são publicadas na edição eletrónica da revista sob uma licença Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 3.0 Espanha (texto legal). Podem-se copiar, usar, difundir, transmitir e expor publicamente, sempre que: i) seja citado a autoria e a fonte original da sua publicação (revista, editorial e URL da obra); ii) não se usem para fins comerciais; iii) se mencione a existência e especificações desta licença de utilização.
3. Condições de auto-arquivo. É permitido e aconselha-se aos autores, difundir eletronicamente as versões pré-print (versão antes de ser avaliada) e/ou post-print (versão avaliada e aceite para a sua publicação) das suas obras antes da sua publicação, uma vez que, favorece a sua circulação e difusão mais cedo e com isso um possível aumento na sua citação e alcance entre a comunidade académica. Cor RoMEO: verde.