Percepção da equipe de enfermagem sobre o clima segurança organizacional de um hospital público
Resumo
Objetivo: Avaliar a percepção da equipe de enfermagem sobre o clima de segurança organizacional em um hospital que é referência na região metropolitana da capital de Mato Grosso, Brasil, e verificar se houve diferença estatisticamente significante na percepção do clima de segurança organizacional entre as categorias dos auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros.
Método: Estudo descritivo, transversal, com profissionais da enfermagem, por meio do questionário autoaplicável Safety Attitudes Questionnaire (SAQ), adaptado e validado para o Brasil.
Resultados: A amostra foi composta por 139 profissionais de enfermagem. A média dos domínios do SAQ variou entre 42 a 73 pontos, classificada como baixa. A avaliação dos domínios evidenciou as menores médias para condições de trabalho e percepção da equipe de enfermagem sobre a gerência da unidade e gerência do hospital, respectivamente.
Conclusão: Foi verificado baixa percepção do clima de segurança na instituição, visto que não foi alcançado escore satisfatório em nenhum dos domínios investigados, exceto para o domínio satisfação do trabalho, ainda assim, de forma limítrofe. Dessa forma, percebeu-se o distanciamento da administração do hospital e da gestão da unidade em atividades relacionadas à segurança do paciente, o que pode influenciar diretamente na adesão a comportamentos seguros pelos profissionais da equipe e diminuir a qualidade da assistência.
Downloads
Referências
Lee G, Clark AM, Thompson DR. Florence Nightingale – never more relevant than today. J Adv Nurs. 2013; 69(2): 245-6.
Van der Kooi T, Sax H, Pittet D, Van Dissel J, Van Benthem B, Walder B, et al. Prevention of hospital infections by intervention and training (PROHIBIT): results of a pan-European cluster-randomized multicentre study to reduce central venous catheter-related bloodstream infections. Intensive Care Med. 2018; 44(1).
Brasil. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
Ministério da Saúde (BR). Portaria n.529, de 1 de Abril 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília; 2013.
Sexton JB, Helmreich RL, Neilands TB, Rowan K, Vella K, Boyden J, et al. The Safety Attitudes Questionnaire: psychometric properties, benchmarking data, and emerging research. BMC Health Serv Res. 2006; 6(44).
Colla JB, Bracken AC, Kinney LM, Weeks WB. Measuring patient safety climate: a review of surveys. Qual Saf Health Care. 2005; 14(5).
Bolfarine H, Bussab WO. Elementos de amostragem. 1. ed. São Paulo: Editora Edgar Blücher LTDA; 2005.
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Cofen lança perfil da Enfermagem no Mato Grosso. Mato Grosso (MT). 2015.
Carvalho REFL, Cassiani SHB. Cross-cultural adaptation of the Safety Attitudes Questionnaire - Short Form 2006 for Brazil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2012; 20(3): 575-82.
Rigobello MCG, Carvalho REFL, Cassiani SHB, Galon T, Capucho HC, Deus NN. The climate of patient safety: perception of nursing professionals. Acta Paul Enferm. 2012; 25(5).
Carvalho REFL, Arruda LP, Nascimento NKP, Sampaio RL, Cavalcante MLSN, Costa ACP. Assessment of the culture of safety in public hospitals in Brazil. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2017;25:e2849.
The National Quality Forum. Safe Practices for Better Healthcare 2010 update. Washington: The National Quality Forum: 2010.
Rigobello MCG et al. The perception of the patient safety climate by professionals of the emergency department. Int. Emerg. Nurs. 2017; 33:1-6.
Marinho MM, Radunz V, Barbosa FFS. Assessment of safety culture by surgical unit nursing teams. Texto & Contexto Enferm. 2014; 23(3): 581-90.
Boysen PG. Just culture: a foundation for balanced accountability and patient safety. Ochsner J. 2013; 13: 400–6.
Rocha FLR, Marziale MHP, Carvalho MC, Id SFC, Campos MCT. The organizational culture of a Brazilian public hospital. Rev Esc Enferm USP. 2014; 48(2): 308-14.
Dagget T, Molla A, Belachew T. Job related stress among nurses working in Jimma Zone public hospitals, South West Ethiopia: a cross sectional study. BMC Nurs. 2016; 39(15): 2-10.
Mosadeghrad AM. Occupational stress and turnover intention: implications for nursing management. Int J Health Polic Manag. 2013;1(2):169–76.
Weaver SJ, Sydney MD, Rosen MA. Team-training in healthcare: a narrative synthesis of the literature. BMJ Qual Saf. 2014; 23(5): 359-72.
Fermo VC, Radünz V, Rosa LMR, Marinho MM. Professional attitudes toward patient safety culture in a bone marrow transplant unit. Rev. Gaúcha Enferm. 2016; 37(1): 1-9.
Porto JS, Marziale MHP. Motivos e consequências da baixa adesão às precauções padrão pela equipe de enfermagem. Rev. Gaúcha Enferm. 2016; 37(2): 1-16.
Silva KL, Matos JAV, França BD. A construção da educação permanente no processo de trabalho em saúde no estado de Minas Gerais, Brasil. Esc Anna Nery. 2017; 21(4).
Miccas FL, Batista SHSS. Permanent education in health: a review. Rev Saúde Pública.2014; 48(1):170-185.
As obras que são publicadas nesta revista estão sujeitas aos seguintes termos:
1. O Serviço de Publicações da Universidad de Murcia (a editorial) conserva os direitos patrimoniais (copyright) das obras publicadas, e favorece e permite a reutilização das mesmas sob a licença de utilização indicada no ponto 2.
© Serviço de publicações, Universidad de Murcia, 2011
2. As obras são publicadas na edição eletrónica da revista sob uma licença Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 3.0 Espanha (texto legal). Podem-se copiar, usar, difundir, transmitir e expor publicamente, sempre que: i) seja citado a autoria e a fonte original da sua publicação (revista, editorial e URL da obra); ii) não se usem para fins comerciais; iii) se mencione a existência e especificações desta licença de utilização.
3. Condições de auto-arquivo. É permitido e aconselha-se aos autores, difundir eletronicamente as versões pré-print (versão antes de ser avaliada) e/ou post-print (versão avaliada e aceite para a sua publicação) das suas obras antes da sua publicação, uma vez que, favorece a sua circulação e difusão mais cedo e com isso um possível aumento na sua citação e alcance entre a comunidade académica. Cor RoMEO: verde.