Características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde de pessoas privadas de liberdade

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.558881
Palavras-chave: Doenças Crônicas, Pessoas Privadas de Liberdade, Prisão, Prisioneiros, Saúde do Adulto

Agências Suporte

  • Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ

Resumo

A privação de liberdade, por suas características, impõe as pessoas hábitos e costumes diferenciados que podem influenciar em sua saúde. Nesse sentido, o objetivo deste é descrever as características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde de pessoas privadas de liberdade. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado em quatro unidades penais de um município do sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada por instrumento semiestruturado e utilizou-se estatística descritiva para análise. Participaram 326 pessoas privadas de liberdade, dessas 90,8% eram do sexo masculino, 53,4% jovens, com idade entre 18 e 29 anos, 43,3% solteiras, 55,8% com escolaridade inferior a nove anos, 61,3% realizavam alguma atividade na unidade penal, 63,2% eram fumantes ou ex-fumantes, 28,2% ingeriam bebida alcoólica e 60,4% usuários ou ex-usuários de drogas ilícitas, 71,2% praticavam atividades físicas, 86,1% avaliaram positivamente o estado de saúde e 52,5% relatou alguma doença crônica. As doenças que prevaleceram nos autorrelatos foram as respiratórias, gastrointestinais, psíquicas, cardiovasculares e osteomusculares. As pessoas privadas de liberdade possuem as doenças crônicas e fatores de risco prevalentes na população em geral. Conhecer o perfil epidemiológico desse grupo populacional pode contribuir com ações promotoras de saúde, prevenção e controle dos fatores de risco.

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Biografias Autor

Marta Cossetin Costa, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná. Mestra em Educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Possui graduação em Enfermagem (2006) pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, especialização em Assistência na Urgência e Emergência pela Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí e especialização em Gestão Pública com ênfase em SUS pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atua como Enfermeira na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, vinculada a Secretária de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Estado do Paraná. Tem experiência na área de Enfermagem. Membro do Grupo de Estudo Multidisciplinar em Saúde do Adulto - GEMSA.

Maria de Fátima Mantovani, Universidade Federal do Paraná

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (1979), Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professora titular aposentada da Universidade Federal do Paraná(UFPR), bolsista produtividade 1 D CNPq. Foi Coordenadora da Iniciação Científica e Integração Acadêmica da Pró- Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação UFPR de 2010 a 2014. Foi Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Enfermagem/ UFPR de 2003-2007, 2016-2018, e vice coordenadora em 2007-2009 e , professora Visitante do Programa de Pós- Graduação em Enfermagem e Saúde da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia(2020/2021). Realizou estágio de pós doutoramento no CICTS da Universidade de Évora- Portugal em 2009. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase na saúde do adulto, atuando principalmente nos seguintes temas: doença crônica, cuidados em enfermagem, educação em saúde e promoção à saúde.Membro do Grupo de Pesquisa Multiprofissional em Saúde do Adulto(GEMSA). Presta consultoria ad hoc a vários periódicos e participa de Conselhos Editoriais de Revistas Nacionais. Pertenceu ao quadro de avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- MEC (2006- 2019), foi integrante do Comitê Assessor da Área da Saúde da Fundação Araucária-Paraná (2017-2019) e do Colégio Doutoral Tordesillas Enfermagem (Brasil-Espanha-Portugal). Participa da Rede latinoamericana de cuidado al paciente crônico y la família.

Fernanda Moura D'Almeida Miranda, Universidade Federal do Paraná

Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná. Vice-coordenadora do Curso de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem da UFPR. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem UFPR. Doutora em Enfermagem UFPR, com estágio de doutoramento na Universita degli Studio di Milano - Clinica del Lavoro Luigi Devoto.Vice-líder do Grupo de Pesquisa Multiprofissional em Saúde do Adulto (GEMSA/UFPR). Editora Assistente da Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro. Presidenta da Associação Brasileira de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (ABRASTT) - Gestão 2021-2023. Representante da ABRASTT na Frente Ampla de Defesa da Saúde do Trabalhador. Membro aceito da International Commission on Occupational Health (ICOH). Atuo nas áreas de saúde do adulto, saúde do trabalhador, epidemiologia, risco biológico, vigilância em saúde e saúde pública. Linhas de Pesquisa: Políticas e Prática de Saúde, Educação e Enfermagem e Tecnologia e Inovação para o Cuidar em Saúde e Enfermagem.

Fernanda Carneiro Mussi, Universidade Federal da Bahia

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986), Doutora em Enfermagem (2000), Mestra em Enfermagem (1994) e Especialista em Cardiologia (1987) pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Atualmente é: Professora Titular da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EEUFBA); Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UFBA e Professoara Permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da EEUFBA; Líder do Grupo Interdisciplinar sobre o Cuidado à Saúde Cardiovascular desde a sua criação em 2007; Membro do Réseau de recherche en interventions en sciences infirmières du Québec - RRISIQ (2020-Atual); Diretora de Ensino e Pesquisa da Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn Seção Bahia (Gestão 2021 a 2022); Membro do Comitê de Enfermagem para o Enfrentamento da COVID-19 na Bahia (2020-Atual); Membro do Núcleo de Apoio ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da EEUFBA (2013-Atual); Membro do Grupo de Comunicação da EEUFBA (2017-Atual); Membro integrante do NUPEC/UFBA (2017-Atual); Membro do Sub Comitê 4 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC-UFBA (2019-Atual); Consultora Ad Hoc do Programa Institucional de Iniciação Científica da UFBA, Consultora Ad Hoc da FAPESB, Consultora Ad Hoc do CNPq e da CAPES e Consultora Ad Hoc de periódicos de Enfermagem e áreas afins. Atuou como Coordenadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa, Extensão, Criação e Inovação da EEUFBA - NUPEC/UFBA (Gestão 2013 -2017). Pesquisadora UFBA de Produtividade CNPQ (PROPIC) - 2012/2013 e 2015; Membro da Câmara Básica de Assessoramento e Avaliação Científico Tecnológica, na área de Ciências Médicas e da Saúde da Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado da Bahia - FAPESB (Gestão 2004 a 2007 e 2015 a 2018). Membro do Sub Comitê 4 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC-UFBA (2008-2011 e 2014-2016). Membro do Comitê 4 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC-UFBA na área de Ciências da Saúde (Gestão 2016-2018). Orientadora da Tese de Doutorado agraciada com o Prêmio Capes de Teses - Edição 2012, concedida à Kátia Santana Freritas. Tem experiência na área de Enfermagem em Cardiologia e Saúde do Adulto e focaliza como linhas de investigação conforto e cuidado à pessoas adultas, idosas e familiares, retardo no atendimento pré e intra hospitalar face as síndromes coronarianas agudas e ao acidente vascular cerebral, educação à saúde cardiovascular e prevenção e controle de fatores de risco cardiovascular e doenças cardiovasculares. Desenvolve projetos de pesquisa com a parceria de docentes de instituições de ensino superior do Estado da Bahia, de outros estados do Brasil e do exterior conforme apresentado no item outras informações relevantes deste currículo.

Cláudia Geovana da Silva Pires, Universidade Federal da Bahia

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Católica do Salvador (1994.2), Mestrado (2007) e Doutorado (2012) em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Professora Associada II da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Atua na graduação no componente curricular Fundamentos de Enfermagem para o Cuidado Individual II. Como professora do Quadro Permanente da Pós Graduação em Enfermagem e Saúde, atua no componente componente curricular optativo Determinantes e desigualdades sociais em saúde na abordagem epidemiológica. Membro do Núcleo de Acompanhamento de Estudantes Ativos do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da EEUFBA. Vice Líder do Grupo Interdisciplinar sobre o Cuidado à Saúde Cardiovascular. Coordenou o Colegiado de Graduação da Escola de Enfermagem da UFBA (Gestão 2013-2015). Membro Titular do Conselho Acadêmico de Ensino da UFBA (2013-2015) e Conselheira Suplente (2019-2022). Membro efetivo do Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem (2013-2018). Representante suplente do Colegiado de Pós Graduação em Enfermagem e Saúde da EEUFBA (Gestão 2019-2021). É revisora Ad Hoc de periódicos das revistas da Escola de Enfermagem da USP, Acta Paulista de Enfermagem, Revista Brasileira de Enfermagem e Revista Baiana de Enfermagem. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em cardiologia preventiva a intensiva, enfermagem médico-cirúrgica e atuando principalmente nos seguintes temas: Epidemiologia dos fatores de risco cardiovascular em estudantes de graduação em enfermagem. Prevenção e controle dos fatores de risco cardiovascular com ênfase nos determinantes sociais em saúde. Fatores de risco cardiovascular em grupos específicos. Hipertensão arterial sistêmica na atenção primária e fatores que interferem na adesão ao tratamento. O cuidar em enfermagem no contexto do hospital.

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Publicado
01-10-2023
Como Citar
[1]
Costa, M.C. et al. 2023. Características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde de pessoas privadas de liberdade . Enfermería Global. 22, 4 (Out. 2023), 26–76. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.558881.
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Secção
ESTUDOS ORIGINAIS