Avaliação de tecnologia assistiva sobre drogas: estudo comparativo entre Brasil e Portugal
Resumo
Objetivos: (1) Avaliar a adequação da Tecnologia assistiva “Drogas: reflexão para prevenção” em relação aos seus “objetivos”, “acessibilidade”, “clareza”, “estrutura e apresentação”, “relevância e eficácia”, e “interatividade” na perspectiva de pessoas com deficiência visual no Brasil e em Portugal, e (2) comparar as avaliações dos participantes no Brasil e em Portugal.
Método: Estudo descritivo e exploratório desenvolvido em associações para pessoas com deficiência visual. Sessenta e duas pessoas com deficiência visual participaram do estudo. Os dados foram coletados por meio do Questionário de Avaliação de Tecnologia Assistiva. Os dados foram descritos em média para análise dos atributos e o teste de Mann-Whitney foi usado para verificar a associação entre os resultados nos dois locais de estudo.
Resultados: No Brasil, os participantes eram predominantemente homens, cegos, com 14,81 anos de estudo; e em Portugal os participantes eram predominantemente mulheres, cegas, com 9,58 anos de estudo. A avaliação da Tecnologia Assistiva pelos participantes foi boa em ambos os países, com uma média acima de 1,6. Não houve diferenças na avaliação entre os dois países (p>0,05).
Conclusões: A tecnologia assistiva sobre substâncias psicoativas recebeu uma boa avaliação no Brasil e em Portugal. As diferenças entre os participantes dos dois países não interferiu com a avaliação.
Downloads
Referências
Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Universidade Federal de São Paulo. II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país: 2005. São Paulo: Páginas & Letras; 2006.
Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD): Divisão de Estatística e Investigação e Divisão de Informação e Comunicação [Internet]. Relatório Anual 2012 – A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências. [cited 2015 Mar21] Editorial do Ministério da Educação e Ciência. 2013. Available from: http://www.sicad.pt/BK/Publicacoes/Lists/SICAD_PUBLICACOES/Attachments/59/Relatorio_Anual_2012.pdf
Brasil. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Legislação e Políticas sobre drogas: Brasília, 2010.
Gilson SF, Chilcoat HD, Stapleton JM. Illicit drug use by persons with disabilities: insights from the national household survey on drug abuse. Am J Public Health. 1996;86(11):1613.
Didden R, Embregts P, Van der Toorn M, Laarhoven N. Substance abuse, coping strategies, adaptive skills and behavioral and emotional problems in clients with mild to borderline intellectual disability admitted to a treatment facility: a pilot study. Rev Dev Disabil 2009;30(5):927-932.
Moore D, Li L. Prevalence and risk factors of illicit drug use by people with disabilities. The American journal on addictions. 1998;7(2):93-101
Silva JKS, Guimarães FJ, Perrelli JGA, dos Santos ZC, Pagliuca LMF. Pattern of Alcohol Consumption in Registered Users of a Family Health Unit. Health. 2014;6:1172-1179. http://dx.doi.org/10.4236/health.2014.611144
Taggart L, McLaughlin D, Quinn B, McFarlane C. Listening to people with intellectual disabilities who misuse alcohol and drugs. Health Soc Care Community. 2007;15(4):360-8.
Krahn G, Farrell N, Gabriel R, Deck D. Access barriers to substance abuse treatment for persons with disabilities: an exploratory study. J Subs Abuse Treat. 2006;31(4):375-84.
West SL. The accessibility of substance abuse treatment facilities in the United States for persons with disabilities. J Subs Abuse Treat. 2007;33(1):1-5.
Coordenadoria Nacional de Promoção dos direitos da pessoa com deficiência (CORDE). Ata VII reunião do Comitê de Ajudas Técnicas [Internet]. 2011 Mar [cited 2011 Mar 10]. Available from: http://portal.mj.gov.br/corde
Guimarães FJ, Pagliuca LMF. Assistive technology: an analysis of the concept. J Nurs UFPE on line. 2012; 6(11):2663-2671.
Bersh R. Introdução a Tecnologia Assistiva. [Internet]. 2013. [Cited 2014 May 28] Available from: http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf
Oliveira PMP, Pagliuca LMF. Assessment of an educational technology in the string literature about breastfeeding. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(1):205
Cavalcanti LDW, Oliveira GOB, Almeida PC, Rebouças CBA, Pagliuca LMF. Assistive technology for visually impaired women for use of the female condom: a validation study. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(1):14. http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n1/0080-6234-reeusp-49-01-0014.pdf
Cezario KG, Pagliuca LMF. Assistive health technology for the blind people: a focus on drugs prevention. Esc. Anna Nery. 2007; 11(4):677-681.
Brasil. A pessoa com deficiência e o Sistema Único de Saúde. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2008.
Guimarães FJ, Carvalho LA, Pagliuca LMF. Elaboration and validation of an assistive technology assessment questionnaire. Rev. Eletr. Enf. 2015;17(2):302-11. Available from: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v17i2.28815.
Instituto Nacional Para reabilitação. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. [Internet]. [cited 2015 jun 17]. Available from: http://www.inr.pt/content/1/1187/convencao-sobre-os-direitos-das-pessoas-com-deficiencia.
Brazil. Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. [Internet]. [cited 2015 Jun 17]. Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm.
Decreto lei 163/2006. [Internet]. [cited 2015 Jun 17]. Available from: http://www.inr.pt/content/1/4/decretolei
Bartalotti CC. Inclusão social das pessoas com deficiência: utopia ou possibilidade. São Paulo: Paulus; 2006.
Oliveira LMB. Cartilha do Censo 2010: pessoas com deficiência. Brasília: SDH-PR/SNPD; 2012.
Mariano MR, Pagliuca LMF, de Oliveira PMP, de Almeida PC, de Aguiar ASC, Abreu WC. Educational game about drugs for visually impaired people: a comparison between Brazil and Portugal. Open Journal of Nursing. 2017;7: 399-408.
Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade de Lisboa. Questionário de Literacia em Saúde em Portugal: apresentação dos resultados preliminares. [Internet]. [cited 2014 Dez 08]. Available from: http://www.saudequeconta.org/index.php/site/literacia.
Oliveira PMP, Carvalho ALRF, Pagliuca LMF. Cultural adaptation of educative technology in health: string literature with a focus on breastfeeding. Texto Contexto Enferm. 2014;23(1):134-141.
Cavalcante LDW, Barbosa GOL, Oliveira PMP, Rebouças CBA, Pagliuca LMF. Assistive technology for visually impaired women: usage of female condoms - a descriptive study. Online Braz J Nursing. 2013;12(3):534-545.
Mariano MR, Rebouças CBA, Pagliuca LMF. Educative game on drugs for blind individuals: development and assessment. Rev Esc Enferm USP, 2013;47(4):930-936.
Moreira MF, Nóbrega MML, Silva MIT. Comunicação escrita: contribuição para elaboração de material educativo em saúde. Rev. Bras. Enferm. 2003;56(2): 184-8. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672003000200015&script=sci_abstract&tlng=pt.
Guimarães FF, Carvalho AL, Almeida PC, Pagliuca LMF. Information about psychoactive substances and visually impaired people: a comparative study between Brazil and Portugal. International Archives of Medicine. 2016;9(286):1-8.
As obras que são publicadas nesta revista estão sujeitas aos seguintes termos:
1. O Serviço de Publicações da Universidad de Murcia (a editorial) conserva os direitos patrimoniais (copyright) das obras publicadas, e favorece e permite a reutilização das mesmas sob a licença de utilização indicada no ponto 2.
© Serviço de publicações, Universidad de Murcia, 2011
2. As obras são publicadas na edição eletrónica da revista sob uma licença Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 3.0 Espanha (texto legal). Podem-se copiar, usar, difundir, transmitir e expor publicamente, sempre que: i) seja citado a autoria e a fonte original da sua publicação (revista, editorial e URL da obra); ii) não se usem para fins comerciais; iii) se mencione a existência e especificações desta licença de utilização.
3. Condições de auto-arquivo. É permitido e aconselha-se aos autores, difundir eletronicamente as versões pré-print (versão antes de ser avaliada) e/ou post-print (versão avaliada e aceite para a sua publicação) das suas obras antes da sua publicação, uma vez que, favorece a sua circulação e difusão mais cedo e com isso um possível aumento na sua citação e alcance entre a comunidade académica. Cor RoMEO: verde.