Análise das incompatibilidades medicamentosas em uma unidade cardiointensiva: estudo transversal

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.438931
Palavras-chave: Incompatibilidade de Medicamentos; Administração Intravenosa; Infusões Intravenosas e Segurança do Paciente.

Resumo

Objetivo: Avaliar as incompatibilidades de medicações intravenosas em pacientes cardiopatas internados em uma unidade cardiointensiva, associando as possíveis incompatibilidades com a gravidade e característica do evento adverso.
Método: Estudo transversal, observacional e quantitativo. Realizado em uma Unidade Cardiointensiva de um Hospital Universitário do município do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu de março a junho de 2018. Para a identificação e classificação das incompatibilidades medicamentosas, foi utilizado o Micromedex®.
Resultados: Foram analisadas 111 prescrições, com um total de 1.497 medicamentos prescritos, a média de medicamentos por prescrição foi 13,49 (6 ±24), sendo 580 (38,74%) por via intravenosa, destes, 41,38% foram administrados simultaneamente com outro medicamento. O estudo apresentou 121 incompatibilidades e as classes medicamentosas que apresentaram maior número de incompatibilidades foram diuréticos, hipnóticos e Sedativos, estimulantes cardiovasculares (aminas vasoativas), antibióticos de uso sistêmico, corticoides de uso sistêmico, vasodilatadores cardiovasculares e antiarrítmicos. Destacando-se as incompatibilidades classificadas como moderadas, a furosemida com hidrocortisona e o midazolam com omeprazol e grave o fentanil com amiodarona. Conclusão: O estudo destaca a importância do aprazamento e administração de medicamentos pela equipe de enfermagem com base em conhecimentos farmacológicos. Espera-se que o quadro de recomendações elaborado no estudo, com os cuidados de enfermagem relacionados as incompatibilidades com maior potencial de gravidade e seus eventos, possa contribuir para segurança medicamentosa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Mariana da Silva Castro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Especialista em Enfermagem cardiovascular, pelo Programa de Residência em Enfermagem Cardiovascular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Flávia Giron Camerini, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do departamento médico-cirúrgico, Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de   Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Danielle de Mendonça Henrique, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do departamento médico-cirúrgico, Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de   Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Ana Lúcia Cascardo Marins, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Enfermagem, Professora Assistente do departamento médico-cirúrgico, Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de   Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Cintia Silva Fassarella, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta do departamento médico-cirúrgico, Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de   Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

Marsilio N, Silva D, Bueno D. Incompatibilidades medicamentosas em centro de tratamento intensivo adulto de um hospital universitário. Rev Bras Ter Intensiva. Porto Alegre. 2016; 28(2)147-153. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/0103-507X.20160029

Cerdá S, Palau M, Nicolau R, Rubert M, Juan E. Administración compatible de la terapia intravenosa continua em el paciente coronário crítico. Enferm Cardiol. España, 2013; 59(2): 46-49.

Leal K, Leopoldino R, Verissimo L. Potencial de incompatibilidade de medicamentos intravenosos em uma unidade pediátrica. Einstein. Natal, 2016;14(2):185-9. DOI: https://doi.org/10.1590/S1679-45082016AO3723

World Health Organization. Medication Without Harm - Global Patient Safety Challenge on Medication Safety. Geneva: World Health Organization; 2017. [acess 2020 jul 06]. Available from: https://www.who.int/patientsafety/medication-safety/medication-without-harm-brochure/en/

Prelhacoski D, Silva D, Comarella L. Incompatibilidade medicamentosa em Unidade de Terapia Intensiva Pediatrica. UNIANDRADE. Paraná, 2016; 16(2):73-81. DOI: http://dx.doi.org/10.18024/1519-5694/revuniandrade.v16n2p73-81

Paixão, FM, Camerini, FG, Fassarella, CS, Henrique, DM, Assad, LG, Radighieri, AR. Gravidade das incompatibilidades medicamentosas em pacientes críticos: Uma revisão integrativa. Saúde Coletiva (Barueri), 2019; 9(51):1907-1912.DOI: https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2019v9i51p1907-1912

Malconi M, Lakatos E. Fundamentos de metodologia científica. 7. Ed-São Paulo: Atlas, 2010.

Malta M, Cardoso LO, Bastos FI, Magnanini MMF, Silva CMFP. Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Rev. Saúde Pública. 2010;44( 3 ): 559-565. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000300021

Micromedex® 2.0. Truven Health Analytics Inc. 2013. [acesso em 10 out 2019]. Available from: http://www.micromedexsolutions.com .

World Health Organization (WHO). WHO Collaborating Centre on Drug Statistics Methodology. ACT/DDD Index 2019 [Internet]. Oslo, Noruega: WHO; 2019. [cited 2020 Apr 26]. Available from: http://www.whocc.no/atc_ddd_index/

Ondrej M, Jan M, Ales K, Jiri V. Incidence of intravenous drug incompatibilities in intensive care units. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub, 2015; 159(4):652-656. DOI: https://doi.org/10.5507/bp.2014.057

Benlabed M, Perez M, Gaudy R, et al. Clinical implications of intravenous drug incompatibilities in critically ill patients. Anaesth Crit Care Pain Med. 2019;38(2):173-180. DOI: https://doi.org/10.1016/j.accpm.2018.04.003

Santos L, Martinbiancho J, Tadiotto A, Kreutz L. Perfil das interações medicamentosas solicitadas ao Centro de Informações sobre Medicamentos de hospital universitário. Clinical and Biomedical Research [Internet]. 2011 [acesso em 27 jul 2020];31(3):326-35. Avaible from: http://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/22183 .

Paes GO, Moreira SO, Moreira MB, Martins TG. Incompatibilidade medicamentosa em terapia intensiva: revisão sobre as implicações para a prática de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. 2017; 19. DOI: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v19.38718 .

Cortes ALB, Silvino ZR. Fatores associados a interações medicamentosas potenciais em um Centro de Terapia Intensiva: estudo transversal. Esc. Anna Nery . 2019; 23( 3 ): e20180326. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2018-0326 .

Scrignoli CP, Teixeira VCMC, Leal DCP. Drug interactions among the most prescribed drugs in adult intensive care unit. Rev Bras Farm Hosp Serv Saude [Internet]. 2019. [citado em 2 de abril de 2020];7(2). Avaible from: https://rbfhss.org.br/sbrafh/article/view/252 .

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Bulário eletrônico da Anvisa. [acesso em 20 out 2018]. Avaible from: http://www.anvisa.gov.br/bularioeletronico/

Santos MDP et al. Conhecimento de profissionais de enfermagem de um hospital público sobre interações medicamentosas. Uningá Review. 2016; .28 (1):39-44. [acesso em 20 out 2018]. Avaible from: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1848/1448

Bertsche T, Veith C, Stahl A, Hoppe-Tichy T, Meyer FJ, Katus H, et al. A purging procedure for pantoprazole and 4lumen catheters to prevent IV drug incompatibilities. Pharm World Sci. 2010; 32:663–669. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s11096-010-9422-9 .

Negeliskii C. Efeito de uma intervenção educativa com profissionais de enfermagem acerca da segurança do paciente na administração de medicamentos injetáveis. [acesso em 20 out 2019]. Avaible from: Porto Alegre, 2015. https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/000978150.pdf

Publicado
01-04-2021
Como Citar
[1]
da Silva Castro, M. et al. 2021. Análise das incompatibilidades medicamentosas em uma unidade cardiointensiva: estudo transversal. Enfermería Global. 20, 2 (Abr. 2021), 65–108. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.438931.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS