Carga de trabalho da enfermagem requerida por pacientes durante internação numa UTI: estudo de coorte

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.400781
Palavras-chave: Enfermagem, Carga de Trabalho, Gravidade do Paciente, Unidades de Terapia Intensiva

Resumo

Objetivo: Identificar a carga de trabalho da enfermagem requerida por pacientes adultos durante a internação em uma UTI e em relação ao desfecho clínico.
Métodos: Coorte prospectiva realizada com 53 pacientes internados em uma UTI de adultos entre julho e setembro de 2018. Utilizou-se o Nursing Activities Score (NAS) para a coleta de dados. Realizou-se a estatística descritiva e inferencial para comparação de médias. Considerou-se como significativo o valor de p <0,05. Este estudo obteve foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer 2.014.344).
Resultados: Houve predomínio de pacientes do sexo feminino (28 – 52,83%), com idade entre 17 e 96 anos, proveniente do serviço de urgência/emergência (34 – 65,38%), devido a doenças do aparelho circulatório (18 – 33,96%). A gravidade pelo SAPS 3 média foi de 52,32 pontos e estimativa de mortalidade de 25,34%. O tempo de internação variou de 2 a 38 dias e a alta dos pacientes prevaleceu (39 - 73,58%). A média do NAS foi de 57,41%, equivalendo-se a 13,78 horas de assistência de enfermagem, no período de 24 horas. A média da carga de trabalho da enfermagem no momento da admissão foi maior que a média mensurada no momento do desfecho clínico (p<0,001). Os pacientes que evoluíram para o óbito durante a internação apresentaram uma pontuação média no score NAS superior à dos pacientes que sobreviveram (p=0,022).
Conclusões: A carga de trabalho da enfermagem variou ao longo do período de internação sendo maior no primeiro dia de internação e no cuidado dos pacientes com prognóstico reservado (óbito).

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Publicado
18-06-2020
Como Citar
[1]
de Oliveira Salgado, P. et al. 2020. Carga de trabalho da enfermagem requerida por pacientes durante internação numa UTI: estudo de coorte . Enfermería Global. 19, 3 (Jun. 2020), 450–478. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.400781.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS