Sífilis na gestante e congênita: perfil epidemiológico e prevalencia

Autores

  • Giordana Maronezzi ERMELINDA MARONEZZI
  • Giovanna Brichi Pesce
  • Débora Cristina Martins
  • Cacilda Maria do Prado
  • Carlos Alexandre Molena Fernandes
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.19.1.358351
Palavras-chave: Perfil epidemiológico, Gestação, Sífilis congênita

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico através das características sociodemograficas, obstétricas e do parceiro dos casos notificados de sífilis em gestantes e de sífilis congênita no período de 2012 a 2016.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado na 16ª Regional de Saúde de Apucarana do estado do Paraná através das fichas de notificação compulsória de sífilis em gestante e sífilis congênita inseridas no Sistema de Notificação de Agravos e Doenças (SINAN).
Resultados: Foram notificados 257 casos de sífilis em gestante e 119 casos de sífilis congênita. A taxa de prevalência de sífilis gestacional foi de 0.97% e a taxa de incidência de sífilis congênita de 4.73%. As mulheres notificadas com sífilis em gestante (SG) e com recém nascido (RN) portador de sífilis congênita (SC) eram em sua maioria, brancas, jovens, com baixa escolaridade e residiam em zona urbana. Parceiros não tratados totalizaram 40,8% e 47.05% das mães foram consideradas com tratamento inadequado. Entre os nascidos vivos (NV) com SC, 69,7% não realizaram o TT aos 18 meses e 81.5% não fizeram o TNT no líquor.
Conclusão: O sistema de saúde deve ser reorganizado garantindo o seguimento e acompanhamento tanto da gestante quanto do recém-nascido.

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Biografia Autor

Giordana Maronezzi, ERMELINDA MARONEZZI

Universidade Estadual de Maringá – UEM.

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Publicado
20-12-2019
Como Citar
[1]
Maronezzi, G. et al. 2019. Sífilis na gestante e congênita: perfil epidemiológico e prevalencia. Enfermería Global. 19, 1 (Dez. 2019), 107–150. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.19.1.358351.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS