Estresse, burnout e depressão nos auxiliares e técnicos em enfermagem das unidades de terapia intensiva
Resumo
Objetivo: Analisar os níveis preliminares de estresse, Burnout e depressão entre os auxiliares e técnicos de enfermagem que trabalham nas unidades de terapia intensiva de alguns serviços hospitalares privados.
Método: Estudo de abordagem quantitativo-analítica e transversal, em 3 serviços hospitalares privados e em 4 unidades de terapia intensiva. O instrumento de coleta dos dados foi composto de 5 questionários validados: perfil socioeconômico e demográfico, sintomatologia do estresse em Bacarro, Escala de Estresse no Trabalho, Questionário de JBeili, versão brasileira inspirada no Maslach Burnout Inventory (versão HSS - Human Services Survey) e o Inventário de Depressão de Beck, todos dados foram tratados através da estatística analítica.
Resultados: Foram abordados 72 auxiliares e técnicos de enfermagem, onde a maioria era do sexo feminino (52,8%), técnicos em enfermagem (95,8%), entre 31 a 35 anos (27,8%), casados (54,2%) e com 2 ou mais vínculos empregatícios (62,5%). Classificados com estresse moderado (70,8%) em Bacarro, com estresse leve (66,7%) na escala de estresse no trabalho, na fase inicial da síndrome de Burnout (68,1%) e com quadro disfórico-depressivo (45,8%).
Conclusão: As unidades de terapia intensiva são ambientes insalubres, potencialmente tensiogênicos e com elevada taxa de absenteísmo. Os participantes do estudo mantêm dupla jornada de trabalho, em sua maioria mulheres e com filhos, apresentando escores elevados de estresse, Burnout e depressão.
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