A inserção do enfermeiro em comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos

Autores

  • Fernando Tolfo
  • Silviamar Camponogara
  • Maria José López Montesinos Universidad de Murcia
  • Hedi Crecencia Heckler Siqueira
  • Juliane Scarton
  • Carmen Lúcia Colomé Beck
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.289461
Palavras-chave: Enfermagem, Obtenção de Tecidos e Órgãos, Capacitação profissional, Papel do profissional de Enfermagem

Resumo

Objetivo: conhecer como se dá a inserção do enfermeiro em comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante, bem como a obtenção de conhecimento para atuação nesta.
 Método: pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada com 12 enfermeiros de comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e analisados através de análise de conteúdo.
Resultados: evidenciou-se que os enfermeiros são indicados para atuar em comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante, sem o preparo adequado. O conhecimento ocorre posteriormente à inserção na referida comissão, normalmente, junto a eventos e apoio na literatura da área, já que não há abordagem consistente sobre o tema na formação profissional.
Conclusão: medidas educativas devem ser inseridas na academia e serviços de saúde, como forma de prover subsídios necessários para que o enfermeiro possa ter uma participação mais efetiva nessas comissões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Fernando Tolfo

Enfermeiro, Doutorando em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEnf/FURG). Membro de Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante – CIHDOTT. Membro da Organização de Procura de Órgãos do Rio Grande do Sul-OPO6. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde (GEES/CNPq). Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: fernandotolfo@gmail.com

Silviamar Camponogara

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do Departamento de Graduação e Pós-Graduação da UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: silviaufsm@yahoo.com.br

Maria José López Montesinos, Universidad de Murcia

Enfermeira. Doutora. Universidade de Murcia. Professora Titular do Departamento de Enfermagem da Universidade de Murcia. Murcia. Espanha. E-mail: mjlopez@um.es

Hedi Crecencia Heckler Siqueira

Enfermeira e Administradora Hospitalar. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente Emérita da FURG. Líder GEES/CNPq. Rio Grande/RS. Brasil. E-mail: hedihsiqueira@gmail.com

 

Juliane Scarton

Enfermeira, Doutorando em enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (PPGEnf/FURG). Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde (GEES/CNPq). Rio Grande, RS. Brasil. E-mail: juliscarton10@hotmail.com

Carmen Lúcia Colomé Beck

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do Departamento de Graduação e Pós-Graduação da UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: carmembeck@gmail.com

Referências

Organização Mundial da Saúde. Trasplante de órganos y tejidos humanos 63.ª Asamblea Mundial de La Salud. Genebra: OMS; 2010.

Brasil. Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997: dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 04 fev, 1997.

Brasil. Medida Provisória nº 1718/98, de 6 de outubro de 1998: dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 6 out, 1998.

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº. 905, de 16 de agosto de 2000. Brasília (DF): MS; 2000.

Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 2.601, de 21 de outubro de 2009: Institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes, o Plano Nacional de Implantação de Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos. Brasília (DF): MS; 2009.

Mendes KDS, Roza BA, Barbosa SFF, Schirmer J, Galvão CM. Organ and tissue transplantation: responsibilities of nurses. Texto Contexto Enferm [internet]. 2012 oct-dec [cited 2016 Mar 17];21(4):945-53. Available from: http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n4/en_27.pdf

Floden A, Forsberg A. A phenomenographic study of ICU-nurses’ perceptions of and attitudes to organ donation and care of potential donors. Intensive Crit Care Nurs [interntet]. 2009 dec [cited 2016 jun 03]; 25(6):306-13. Available from: http://www.intensivecriticalcarenursing.com/article/S0964-3397(09)00051-2/pdf

Moraes EL, Santos MJ, Merighi MAB, Massarollo MCKB. Vivência de enfermeiros no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante. Rev. Latino-Am. Enfermagem [internet]. 2014 mar-abr [cited 2016 Mar 15];22(2):226-33. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v22n2/pt_0104-1169-rlae-22-02-00226.pdf

Brasil. Resolução Conselho Federal de Enfermagem 292/2004. Normatiza a atuação do Enfermeiro na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos. COFEN, 2004.

Hart JL, Konh R, Halpern S. Perceptions of organ donation after circulatory determination of death among critical care physicians and nurses: A nationalsurvey. Crit Care Med [internet]. 2012 sep [cited 2015 out 15];40(9):2595-600. PubMed PMID: 22732286

Minayo MCS. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo. São Paulo (SP): Hucitec-Abrasco; 2013.

Ministério da Saúde (BR). Normas para pesquisa envolvendo seres humanos (Res. CNS no. 466/12) Brasília, 2012.

Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (COREN-RS). Legislação e Código de Ética: guia básico para o exercício da enfermagem. Autarquia Federal. Lei 5.905/73. Porto Alegre, 2014. Available from: http://www.portalcoren-rs.gov.br/docs/livro-codigo-etica.pdf

Almeida ML, Peres AM. Knowledge, skills, and attitudes towards management of nursing graduates of a Brazilian public university. Invest Educ Enferm [internet].2012 [cited 2015 Mar 12];30(1):67-73. Available from: http://aprendeenlinea.udea.edu.co/revistas/index.php/iee/article/view/7823/10514

Bener A, El-Shoubaki H, Al-Maslamani Y. Do We Need To Maximize the Knowledge and Attitude Level of Physicians and Nurses Toward Organ Donation and Transplant? Exp Clin Transplant [internet]. 2008 Dec [cited 2015 out 15];6(4):249-53. Available from: http://www.ectrx.org/forms/ectrxcontentshow.php?year=2008&volume=6&issue=4&supplement=0&makale_no=0&spage_number=249&content_type=FULL%20TEXT

Swain S. The role of clinical nurse educators in organ procurement organizations. Prog Transplant [internet]. 2011 dec [cited 2016 Mar 13];21(4):284-7. Available from: http://pit.sagepub.com/content/21/4/284.long

Morato EG. Brain death: essentials concepts, diagnosis and update. Rev Med Minas Gerais [internet].2009 [cited 2016 Mar 13];19(3):227-236. Availabe from: http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/artigo_-_morte_enceflica.pdf

Silva FLF, Oliveira RCC, Sá ID, Lima AS, Oliveira AAV, Collet N. Humanization of nursing care in a hospital environment: the user’s perception. Cienc Cuid Saude [internet]. 2014 abr-jun [cited 2016 Mar 13];13(2):210-8. Available from: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/22015/pdf190

Regehr C, Kjerulf M, Popova SR, Baker AJ. Trauma and tribulation: the experience sand attitudes of operating room nurses working with organ donors. J Clin Nurs [internet]. 2004 May [cited 2016 Mar 13];13(4):430-7. Available from: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2702.2004.00905.x/pdf

Whisenant DP, Woodring B. Improving Attitudes and Knowledge Toward Organ Donation Among Nursing Students. Int J Nurs Educ Scholarsh [internet]. 2012 Sep [cited 2015 jun13];9(1) 22. PubMed PMID: 22987836

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2009.

Publicado
27-03-2018
Como Citar
[1]
Tolfo, F. et al. 2018. A inserção do enfermeiro em comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos. Enfermería Global. 17, 2 (Mar. 2018), 185–223. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.289461.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS