Índice de Massa Corporal e fatores associados em mulheres climatéricas
Resumo
Objetivo: Identificar a associação do Índice de Massa Corporal com os fatores sociodemográficos, hábitos de vida, hábitos alimentares, medidas antropométricas e fatores clínicos das mulheres climatéricas assistidas nas Estratégias da Saúde de Montes Claros.
Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, analítico, com a amostra composta por 874 mulheres climatéricas selecionadas por meio de sorteio aleatório simples. Os dados sociodemográficos, hábitos de vida, hábitos alimentares e fatores clínicos, obstétricos e ginecológicos foram coletados por meio de questionários padronizados, além da realização de avaliação antropométrica. A análise bivariada foi realizada por meio do teste qui-quadrado.
Resultados: Os resultados apontaram prevalência elevada de obesidade (36,0%) e sobrepeso (38,1%), bem como associações do índice de massa corporal com o tipo de escola que frequentou (p=0,009), tabagismo (p=0,023), tratamento para perda de peso (p=0,000), medidas antropométricas (p=0,000) e fatores clínicos (p=0,000).
Conclusão: Conclui-se que intervenções educativas visando corrigir ou melhorar o perfil antropométrico poderão resultar em benefícios relativos à saúde da mulher climatérica, uma vez que a presença da obesidade e sobrepeso foi elevada, além de hábitos de vida, fatores antropométricos e clínicos apresentarem associados a essa morbidade.
Downloads
Referências
Ventura DA, Fonseca VM, Ramos EG, Marinheiro LP, Souza RA, Chaves CR, et al. Association between quality of the diet and cardiometabolic risk factors in postmenopausal women. Nutrition Journal. 2014; 13(1): 121.
Fortes CK, Berlezi EM, Winkelmann ER, Franz LBB. Estudo populacional de identificação de fenótipo de risco cardiovascular em mulheres no período do climatério. In: Anais do XXII Seminário de Iniciação Científica, 2014, Ijuí, RS. Editora: Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 2014. p. 1-7.
Blümel JE et al. Obesidade e sua relação com sintomas depressivos e sedentarismo em mulheres de meia-idade. Maturitas. 2015; (80)1: 100-105.
Moore LL, Bradlee ML, Singer MR, Splansky GL, Proctor MH, Ellison RC et al. BMI and waist circumference as predictors of lifetime colon cancer risk in Framingham Study adults. International Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders. 2004; 28(4): 559-567.
Andrade FT, Martins MCC, Santos MAP, Torres-Leal FL, Ferreira AHC. Estimativa do percentual de gordura utilizando o IMC. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. 2014; 8(47): 142-147.
Steiner ML, Azevedo LH, Bonacordi CL, Barros AZ, Strufaldi R, Fernandes CE. Avaliação de consumo alimentar, medidas antropométricas e tempo de menopausa de mulheres na pós-menopausa. Rev Bras Ginecol Obstet. 2015; 37(1):16-23.
Assunção WAC, Prado WL, Oliveira LMFT, Falcão APST, Costa MC, Guimarães FJSP. Comportamento da gordura abdominal em mulheres com avanço da idade. Rev. Educ. Fis. UEM. 2013; 24(2): 287-294.
Bak-Sosnowska M, Skrzypulec-Plinta V. Przyczyny nadmiernej masy ciała u kobiet w okresie menopauzalnym. Prz Menopauzalny. 2012; 11: 31-35.
Pasquala KK, Carvalhaes MABL, Paradac CMGL. Atenção à saúde da mulher após os 50 anos: vulnerabilidade programática na Estratégia Saúde da Família. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2015; 36(2): 21-27.
Organizácion Mundial De La Salud. Investigaciones sobre la menopausia em los años noventa. Genebra: Organizácion Mundial de La Salud; 1996. (Serie de Informes Técnicos 866).
Szwarcwald CL, Damacena GN. Amostras complexas em inquéritos populacionais: planejamento e implicações na análise estatística dos dados. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2008; 11(1): 38-45.
World Health Organization (WHO). Obesity: preventing and managing the global epidemic (report of a WHO consultation on obesity). Genebra: World Health Organization; 1998.
The Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP). Expert Panel on Detection. Evaluation, and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III). JAMA. 2001;16;285(19):2486-97.
Molarius A, Seidell JC, Sans S, Tuomilehto J, Kuulasmaa K. Waist and hip circumferences, and waist-hip ratio in 19 populations of the WHO MONICA project. International Journal of Obesity. 1999; 23(2): 116-125.
Lizcano F, Guzmán G. Estrogen deficiency and the origin of obesity during menopause. Bio Med Res Int. 2014; 2014:757461.
Gravena AA, Brischiliari SC, Lopes TC, Agnolo CM, Carvalho MD, Pelloso SM. Excess weight and abdominal obesity in postmenopausal Brazilian women: a population-based study. BMC Womens Health. 2013;13:46.
Reis CEG, Vasconselos IAL, Oliveira OMV. Panorama do estado antropométrico dos escolares brasileiros. Revista Paulista de Pediatria. 2011; 29(1): 108-16.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR), Pesquisa de Orçamentos Familiares: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos do Brasil. Brasília (DF); 2010.
Rosaneli CF, Baena CP, Auler F, Nakashima ATA, Netto-Oliveira ER, Oliveira AB, Guarita-Souza LC, Olandoski M, Faria-Neto JR. Aumento da Pressão Arterial e Obesidade na Infância: Uma Avaliação Transversal de 4.609 Escolares. Arq Bras Cardiol. 2014; [online].ahead print, PP.0-0.
Soares DA, Barreto SM. Sobrepeso e obesidade abdominal em adultos quilombolas, Bahia, Brasil. Caderno de Saúde Pública. 2014; 30(2): 341-354.
Leão JM, Lisboa LCV, Pereira MAP, Lima LF, Lacerda KC, Elias MAR, et al. Estágios motivacionais para mudança de comportamento em indivíduos que iniciam tratamento para perda de peso. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 2015; 64(2): 107-14.
Viana LV, Paula TP, Leitão CB, Azevedo MJ. Fatores determinantes de perda de peso em adultos submetidos a intervenções dietoterápicas. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013; 57(9): 717-21.
Al-Safi ZA, Polotsky AJ. Obesity and menopause. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2014; 29(4): 548-53.
Machado VSS, Valadares ALR, Costa-Paiva LH, Osis MJ, Sousa MH, Pinto-Neto AM. Factors associated with the self-perception of health among Brazilian women 50 years or older; a population-based study. Menopause. 2013; 20(10):1055-1060.
Lui Filho JF, Baccaro LFC, Fernandes T, Conde DL, Costa-Paiva L, Pinto Neto AM. Epidemiologia da menopausa e dos sintomas climatéricos em mulheres de uma região metropolitana no sudeste do Brasil: inquérito populacional domiciliar. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015; 37(4): 152-8.
Duarte MR, Reis VMCP, Rocha JSB, Passos BMA. Anthropometric Parameters, Blood Pressure and Climacteric Phases of Diabetic and Non-Diabetic Women in the City of Montes Claros- Minas Gerais, Brazil. International Journal of Humanities Social Sciences and Education (IJHSSE). 2015; 2(8): 57-63.
As obras que são publicadas nesta revista estão sujeitas aos seguintes termos:
1. O Serviço de Publicações da Universidad de Murcia (a editorial) conserva os direitos patrimoniais (copyright) das obras publicadas, e favorece e permite a reutilização das mesmas sob a licença de utilização indicada no ponto 2.
© Serviço de publicações, Universidad de Murcia, 2011
2. As obras são publicadas na edição eletrónica da revista sob uma licença Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 3.0 Espanha (texto legal). Podem-se copiar, usar, difundir, transmitir e expor publicamente, sempre que: i) seja citado a autoria e a fonte original da sua publicação (revista, editorial e URL da obra); ii) não se usem para fins comerciais; iii) se mencione a existência e especificações desta licença de utilização.
3. Condições de auto-arquivo. É permitido e aconselha-se aos autores, difundir eletronicamente as versões pré-print (versão antes de ser avaliada) e/ou post-print (versão avaliada e aceite para a sua publicação) das suas obras antes da sua publicação, uma vez que, favorece a sua circulação e difusão mais cedo e com isso um possível aumento na sua citação e alcance entre a comunidade académica. Cor RoMEO: verde.