Gênero no contexto dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres privadas de liberdade

Autores

  • Lúcia Helena Rodrigues Costa Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes
  • Juliana Pereira Alves Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes
  • Carlos Eduardo Prates Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.
  • Fernanda Marques da Costa Universidade Estadual de Montes Claros
  • Franciele Fagundes Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros
DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.15.3.207141
Palavras-chave: Saúde da mulher, Diretos sexuais e reprodutivos, Gênero e Saúde, Sexualidade

Resumo

Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, implementada pelo Ministério da Saúde em 2005, trata da integralidade do cuidado em contextos diferenciados, como o das mulheres em situação de prisão.

Objetivo: Descrever o perfil das mulheres privadas da liberdade de um presídio e discutir a situação da saúde sexual e reprodutiva dessas mulheres.

Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quali-quantitativa, que trabalhou com 34 mulheres do Sistema prisional de Montes Claros e Pirapora-Minas Gerais, Brasil.

Resultados: Dentre as 34 mulheres verificou-se que 27(79,4%) exerciam alguma profissão antes da detenção. As principais atividades eram de “empregada doméstica” e “vendedora”, que configuram empregos que exigem baixa capacitação profissional e ofertam baixa remuneração. Entre as participantes 22(64,7%) se declararam pardas, 5(14,7%) pretas e 7(20,6%) brancas. Em uma faixa etária de 30 a 35 anos, sugerindo que são mulheres em idade produtiva e reprodutiva, com baixos níveis de escolaridade e detentoras de empregos/ profissões de baixa remuneração. Nas narrativas coletadas no grupo focal essas mulheres mantêm representações da figura feminina estereotipada definida pela emotividade, passividade e dedicação à família.

Conclusões: Os resultados demonstram que as diferenças de gênero no exercício da sexualidade e o fato de que as mulheres engravidam, colocam barreiras tanto para a realização das visitas íntimas, como para o cuidado com os filhos nos seis primeiros meses pós-parto.



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Biografias Autor

Lúcia Helena Rodrigues Costa, Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes

Docente do Curso de Graduação em Enfermagem e do Mestrado Profissional em Cuidado Primário em Saúde-Unimontes

Coordenadora da Residência de Enfermagem em Saúde da Mulher-Unimontes

Pesquisadora e Líder do Grupo de Pesquisa Dona Tiburtina: Núcleo de Pesquisa em Gênero, Saúde, Sexualidade- NUPEGSS-Unimontes

 

Juliana Pereira Alves, Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes

Enfermeira, egressa da Universidade Estadual de Montes Claros.

Carlos Eduardo Prates Fonseca, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.

Especialista em Urgência e Emergência. Coordenador de Programa de Saúde no Sistema Prisional da Secretaria de Estado de Defesa Social - Montes Claros/ MG.

Fernanda Marques da Costa, Universidade Estadual de Montes Claros

Enfermeira. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros. Mestre em Ciências da Saúde, Professora do Departamento de Enfermagem da UNIMONTES.

Franciele Fagundes Fonseca, Universidade Estadual de Montes Claros

Enfermeira, egressa da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.

Publicado
30-06-2016
Como Citar
[1]
Rodrigues Costa, L.H. et al. 2016. Gênero no contexto dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres privadas de liberdade. Enfermería Global. 15, 3 (Jun. 2016), 138–175. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.15.3.207141.
Edição
Secção
Docencia e Investigación