Satisfação, fadiga por compaixão e fatores associados em enfermeiros da atenção básica

Autores

DOI: https://doi.org/10.6018/eglobal.457511
Palavras-chave: Fadiga por Compaixão, Esgotamento Psicológico, Qualidade de Vida, Enfermeiros, Centros de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família

Resumo

Objetivo: Verificar a satisfação e a fadiga por compaixão e seus fatores associados em enfermeiros de Unidade Básica de Saúde.
Método: Pesquisa descritiva e transversal desenvolvida com 101 enfermeiros de 40 Unidades Básicas de Saúde de um município paranaense. Os dados foram coletados entre novembro de 2019 a fevereiro de 2020 por meio de um questionário de caracterização sociodemográfica, ocupacional e hábitos de vida e a Professional Quality of Life Scale que avalia a Satisfação e a Fadiga por Compaixão. Os fatores associados foram obtidos por modelos de regressão logística.
Resultados: Possuir bom relacionamento interpessoal diminuiu as chances de baixa satisfação por compaixão (p=0,025) e burnout (p=0,049). Ser reconhecido no trabalho teve probabilidade significativamente menor de baixa satisfação por compaixão (p=0,040).
Conclusão: O bom relacionamento interpessoal teve associação com a satisfação por compaixão e o burnout. Sentir-se reconhecido pelo trabalho realizado também esteve associado com a satisfação por compaixão. A maioria dos enfermeiros mesmo com altos níveis de satisfação por compaixão, sentem-se cansados, o que leva a reforçar a necessidade de maior atenção ao trabalho desenvolvido pelos enfermeiros de Unidade Básica de Saúde pelos gestores.

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Publicado
08-10-2021
Como Citar
[1]
Fabri, N.V. et al. 2021. Satisfação, fadiga por compaixão e fatores associados em enfermeiros da atenção básica. Enfermería Global. 20, 4 (out. 2021), 291–323. DOI:https://doi.org/10.6018/eglobal.457511.
Edição
Secção
ESTUDOS ORIGINAIS