Os conflitos entre o agronegócio e os direitos das populações: O papel do campo científico

Autores

  • Raquel María Rigotto
Palavras-chave: conflitos ambientais, agrotóxicos, ciência

Resumo

A partir da compreensão de que o modelo de desenvolvimento agrícola impulsionado pelo governo brasileiro coaduna-se e viabiliza a reprimarização da economia imposta ao país pelo mercado transnacionalizado, reflete-se sobre os interesses e as violações de direitos articuladas à expansão do agronegócio, especialmente na produção de commodities. Considerando o modelo de produção químico-dependente, os impactos dos agrotóxicos ao ambiente e à saúde humana são detalhados a partir de pesquisa realizada em região de fruticultura irrigada para exportação no semi-árido do nordeste do Brasil, apresentando dados sobre a contaminação de aquífero e de água para consumo humano, assim como de intoxicações agudas e efeitos crônicos caracterizados em trabalhadores rurais, além da violência contra lideranças comunitárias. Neste contexto debatem-se alguns desafios atuais da ciência, tanto epistemológicos quanto metodológicos, para contribuir na visibilização destas contradições, abrir espaço para o diálogo com a riqueza de saberes dos povos do campo, e avançar na construção teórica e empírica de outras formas de relação com a natureza e de produção de vida e saúde, nas trilhas da Agroecologia.

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Como Citar
Rigotto, R. M. (2012). Os conflitos entre o agronegócio e os direitos das populações: O papel do campo científico. Agroecologia, 7(2), 133–142. Obtido de https://revistas.um.es/agroecologia/article/view/182911
Edição
Secção
Artículos